É espantoso o silencio obsequioso do STF e do Congresso.
Ricardo Melo, na Falha IMPEACHMENT… PARA GILMAR MENDES
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O espantoso é observar o silêncio obsequioso do próprio Supremo, do Congresso, das instituições da
sociedade civil em geral. Rápido no gatilho quando se trata de conceder habeas corpus para
banqueiros graúdos, Gilmar se permite o desfrute de determinar o que pode ou não ser votado no
tribunal: “Não podemos falar em financiamento público ou privado sem saber qual é o modelo
eleitoral [...] Isso não é competência do Supremo, é do Congresso.” E ainda humilha os colegas: “O
tribunal não servirá de nada se não tiver um juiz que tenha coragem de dar um habeas corpus, de
pedir vista.”
A história está cheia de exemplos de megalomaníacos. Idi Amin Dada, o ditador de Uganda, adorava
A história está cheia de exemplos de megalomaníacos. Idi Amin Dada, o ditador de Uganda, adorava
se fantasiar de escocês enquanto massacrava opositores. Nero tocou fogo em Roma. Dispensável
citar aquele austríaco tristemente famoso e os nossos generais-presidentes.
Enquanto personagem histórico, Gilmar Mendes, claro, não está à altura de nenhum deles. Como
disse Joaquim Barbosa antes de aderir ao panfletarismo eletrônico, o ministro Gilmar pensava que o
país funcionava sob o jugo dos jagunços dele. Barbosa se foi. Gilmar e sua tropa ficaram. Enquanto
isso, a oposição fala em derrubar Dilma porque ela resolveu se endividar para pagar em dia o Bolsa
Família, programas de habitação e o seguro desemprego.
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