Procuradores fanfarrões defenderão a tese de que os recursos arrecadados oficialmente pelo
ex-tesoureiro João Vaccari, no chamado caixa 1, são "propina" e tentarão transformar a
legenda em lavanderia de recursos ilícitos; o passo seguinte, segundo antecipa Folha de S.
Paulo, será a aplicação de uma multa de R$ 200 milhões, equivalente ao valor citado por Pedro
Barusco, ex-gerente da Petrobras, em suas delações premiadas; nesse cenário, o Partido dos
Trabalhadores, que já renunciou às doações de empresas, ficaria, também, sem acesso ao
fundo partidário e sem qualquer oxigênio para disputar futuras eleições; na prática, seria o
banimento de um partido político por uma ação judicial de primeira instância.
Reportagem desta segunda-feira antecipa qual será o desfecho da Lava Jato, operação conduzida
pelo juiz Sergio Moro no Paraná e que parece ter, como objetivo maior, a destruição do Partido dos
Trabalhadores.
Segundo o texto de Andréia Sadi e Marina Dias (leia aqui), o passo final dos procuradores que estão
à frente da Lava Jato será a imposição de uma multa de R$ 200 milhões ao partido, valor equivalente
ao valor citado por Pedro Barusco, em suas delações premiadas.
A estratégica consiste em criminalizar o partido, classificando todas as suas doações, levantadas pelo
ex-tesoureiro João Vaccari Neto, preso há uma semana, pelo chamado "caixa 1", como fruto de
"propina".
Em seguida, o partido receberia a multa, que confiscaria até os recursos do fundo partidário, que,
desde a semana passada, será a única fonte de receita da legenda – uma resolução anunciada pelo
presidente Rui Falcão indica que o partido renunciou a futuras doações privadas, antecipando-se à
reforma política.
Sem recursos mínimos, o partido, que, além do governo federal, tem cinco governos estaduais e mais
Sem recursos mínimos, o partido, que, além do governo federal, tem cinco governos estaduais e mais
de 700 prefeituras, não teria oxigênio nem para sobreviver, nem para disputar futuras eleições.
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