Os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e do Irã, Mahmoud
Ahmadinejad, se reúnem nesta segunda-feira (09/01) em Caracas. Esta é a
primeira parte de um giro pela América Latina do presidente iraniano,
que também visitará a Nicarágua, o Equador e Cuba. Ontem (08/01),
Chávez criticou um alerta dos Estados Unidos para que a Venezuela
evitasse manter relações próximas com o Irã, denunciando o que, segundo
ele, era uma tentativa de Washington de dominar o mundo.
"Amanhã [hoje] vamos trabalhar o dia todo, verificando acordos de
cooperação. Nós não somos ameaça para ninguém. Somente temos direitos e
somos soberanos", disse Chávez, no programa semanal que conduz na
televisão e no rádio, o Alô, Presidente. O presidente venezuelano não
comentou a recente expulsão da consulesa-geral venezuelana em
Miami, Livia Acosta Noguera.
No programa, o presidente venezuelano condenou Washington e disse que a
parceria dos venezuelanos com os iranianos gerou a aceleração do
processo de construção de casas populares e o incentivo à indústria. "Um
porta-voz e uma porta-voz em Washington do Departamento de Estado ou da
Casa Branca disseram que não seria conveniente para qualquer país se
aproximar do Irã. Bom, a verdade é que isso faz rir", disse Chávez em
discurso televisionado.
"Eles não conseguirão dominar o mundo. Esqueça isso Obama, esqueça.
Seria melhor pensar sobre os problemas do seu país, que são muitos",
afirmou. "Somos livres. O povo da América Latina jamais se ajoelhará
novamente, dominado pelo ianque imperial. Nunca mais", completou.
Ahmadinejad visita a América Latina com quatro ministros - Ali Akbar
Salehi (Relações Exteriores), Mehdi Gazanfari (Comércio, Indústria e
Minas), Majid Namju (Energia), Seyed Shamsedin Hosseini (Economia) - e
um grupo de empresários.
Desde 2010, o Irã é alvo de uma série de sanções econômicas, comerciais
e financeiras da comunidade internacional. As medidas foram aprovadas
como forma de pressionar o governo iraniano a abandonar o programa
nuclear desenvolvido no país. Para a comunidade internacional, o
programa mantém a produção de armas nucleares. Os iranianos negam.
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