“Mostre-me um presidente europeu ou norte-americano que não tenha viajado à Líbia ou assinado algum acordo [com Muamar Kadafi]”.
O desafio é do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que nesta terça-feira (25/10) acusou as potências ocidentais de terem invadido o país do Norte da África para ‘saquear’ suas reservas de petróleo.
Ahmadinejad também comparou a execução do ex-líder líbio, que foi morto depois de ter sido capturado pelas forças insurgentes, com o assassinato do terrorista Osama Bin Laden pelas forças especiais dos Estados Unidos, em maio deste ano.
Para o líder iraniano, a ordem para a eliminação de Kadafi, que deve ser submetida a uma investigação internacional a pedido da ONU, partiu do Ocidente. As informações são da agência Reuters.
"Algumas pessoas dizem que mataram este senhor [Kadafi] para garantir que ele não seria capaz de falar qualquer coisa, assim como fizeram com Bin Laden”, disse.
Em um discurso transmitido pela TV iraniana, Ahmadinejad voltou a parabenizar o povo líbio por ter se livrado de um “ditador ilegítimo”, mas advertiu para as segundas intenções estrangeiras.
O presidente iraniano disse que os líderes ocidentais apoiaram Muamar Kadafi enquanto lhes era conveniente e o bombardearam quando não precisavam mais dele.
Ahmadinejad também criticou o Conselho de Segurança da ONU, que classificou como “organização sem honra”, por ter autorizado a intervenção na Líbia. Inicialmente, o órgão autorizou uma zona de exclusão aérea que serviria apenas para proteger a população civil na Líbia.
O que se viu, no entanto, foi a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), liderada por França e Reino Unido, auxiliando os rebeldes na derrubada do regime de Kadafi, que governava a Líbia desde 1967.
_________________________________________
Nenhum comentário:
Postar um comentário