A Inglaterra participou diretamente do treinamento de um controvertido grupo paramilitar de Bangladesh, apontado por organizações de direitos humanos locais como um "esquadrão da morte".
Criado há seis anos, o Batalhão de Ação Rápida (Rapid Action Battalion - RAB) já matou mais de mil pessoas durante operações, segundo as instituições.
Detalhes do treinamento dos membros do RAB foram revelados em uma série de despachos, além do desejo dos Estados Unidos e do Reino Unido de usarem o grupo de elite na luta contra o terror em Bangladesh.
Em um dos documentos, o embaixador norte-americano em Daca, James Moriarty, afirma que o RAB é "a organização com maiores possibilidades de se tornar uma versão do FBI em Bangladesh."
Em documento datado de 14 de janeiro de 2009, Moriarty cita oficiais britânicos, que teriam dito que participam do treinamento do RAB há 18 meses, ainda sob a administração trabalhista, em áreas como técnicas de interrogatório.
Direitos humanos
Por sua vez, organizações de direitos humanos vêm repeditamente alertando para o risco de o RAB ainda operar em Bangladesh. O chefe do escritório da Human Rights Watch em Daca, Bram Adams, afirmou ao jornal britânico The Guardian que "o RAB é um esquadrão da morte ao estilo dos existentes na América Latina, travestido de força policial. O governo britânico deixou seu desejo de criar um parceiro contra o terrorismo - Bangladesh - sobrepor os riscos do RAB no país".
A Anistial Internacional também condenou o RAB em diversas ocasiões, além da organização local Odhikar, que apresentou documentos que provariam execuções e o uso da tortura desde a criação do grupo, em março de 2004.
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