Saiu no Estadão, pág. 22, entrevista de Roberto Simon com a pretensão de esmagar o chanceler Celso Amorim.
(Como se sabe, em Brasilia, São Paulo e Genebra o Estadão construiu uma política externa brasileira própria.)
Amorim pedalou.
Sobre o fato de se filiar ao PT: “A maioria dos meus antecessores pertencia a partidos (FHC, por exemplo – PHA).”
“Meu antecessor, Celso Lafer (o que tirou os sapatos – PHA), foi tesoureiro de campanha do PSDB”.
“Quando houve greve de fome na Irlanda do Norte ninguém nos pediu para romper com a Grã Bretanha.”
“Ausência de democracia é empecilho para os Estados Unidos… estabelecer relações com alguém ?”
“Acho ingênuos os que acreditam em tudo o que o serviço de inteligência americano diz.”
“O último relatório da AIEA sobre o Irã não traz fato novo. O que tem é o novo tom, pois mudou o diretor geral… não vejo o Irã perto de fazer uma bomba.”
“… como é tão importante para um certo grupo da elite brasileira (leia-se Estadão – PHA) saber o que os outros (EUA – PHA) pensam…”
“Eles (EUA) nunca abriram a boca para nos criticar por dar abrigo ao Zelaya (de Honduras). Só a mídia nacional e alguns políticos fizeram isso”.
“O que você queria que eu fizesse ? Pegasse o Zelaya e botasse na rua?”
“É espantoso que jornais que foram obrigados a publicar receita de bolo em suas páginas por casa da censura (o Estadão – PHA) de um governo militar achem justificável um golpe de Estado. Isso me espanta.” (*)
E uma última pergunta em forma de casca de banana, para capturar uma manifestação de vaidade oculta:
Simon – (quer dizer Estadão) – Recentemente, a revista Foreign Policy (olha aí o Estadão basbaque diante dos americanos – PHA) afirmou que o Sr. é o ‘Henry Kissinger brasileiro’. Como mo senhor vê essa (absurda, está implícito na pergunta – PHA) comparação ?
- Amorim – Não tenho o brilhantismo do professor Kissinger. E ainda acho que sou um pouco mais idealista que ele.
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