Quem conhece o mecanismo das conferências internacionais, reuniões de cúpula e assemelhados sabe como são produzidas as declarações finais que são distribuídas.
Essas são preparadas antecipadamente pelos assessores e negociadas entre as partes. No G8 era mais fácil, pois envolvia apenas oito Países, que levavam em consideração algumas reivindicações dos emergentes, que eram convidados, com presença, mas sem voz e sem voto (a não ser nas entrevistas aos jornalistas dos seus próprios países). Podia ser produzir um documento com dez ou até doze ponto.
Com o G20 a coisa se complica pelo número de participantes e não há como ficar nos doze pontos. É preciso satisfazer às diversas pretensões ou reivindicações marginais e fazer concessões. Para não atrasar, porque os não atendidos sempre ameaçam em não aprovar, em não assinar.
Por isso a lista das decisões da reunião do G20 contém 47 pontos. Entre elas o restabelecimento da Rodada Doha, por pressão do Brasil, que faz acreditar que a liberalização das economias seria um caminho para resolver a crise.
Ledo engano.
Com a recessão e as demissões dos trabalhadores o sentimento nacionalista voltará forte para a proteção dos trabalhadores nacionais. E não haverá governo que resista a essas pressões.
O pior ainda está por vir.
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