quinta-feira, 25 de setembro de 2008

CONVERSA AFIADA

O Presidente do Equador Rafael Correa botou a Odebrecht para correr

Por Paulo Henrique Amorim

A Folha está uma fera com o Presidente do Equador, Rafael Correa, que botou a Odebrecht para correr.
Chama de “demagogo”, “teatral”, “bravateiro”.
Clique aqui para ler o furioso editorial.
É tudo o que o presidente eleito José Serra deveria ser: demagogo, teatral e bravateiro, se tivesse um mínimo de coragem e enfrentasse a tragédia que foi a abertura da cratera da Linha 4 do metrô de São Paulo, onde morreram sete brasileiros.
A Odebrecht está lá, enterrada naquela cratera.
Na ilustre companhia da Andrade Gutierrez (epa ! Andrade ? É o Sergio Andrade, aquele que não vai botar um tusta e ficar com a patranha da “BrOi” !), Camargo, OAS e Queiroz Galvão.
A fina flor do caixa-dois da política brasileira.
Lá no Equador, a Odebrecht construiu uma hidrelétrica que não dá luz.
Aqui, a Odebrecht construiu um túnel que desabou por causa da chuva.
No Equador, o Presidente da República manda a Odebrecht embora, prende os responsáveis pela obra malfeita, e ameaça não pagar (*2) o que deve por uma hidrelétrica que não dá luz.
Você pagaria, caro leitor ?
Ou pediria uma indenização ?
O notável governador Leonel Brizola encampou uma empresa de energia do Rio Grande do Sul, a Bond & Share, em 1962, que também não dava luz (*3).
O Serra paga tudo, contrata a Odebrecht para fazer mais obras, e fica mudo.
Até hoje, mesmo depois do laudo do IPT e do indiciamento proposto pelo Ministério Público Estadual, o presidente eleito não disse uma mísera palavra sobre a cratera do metrô.
Não tomou uma única medida que tivesse o efeito de punir ou recriminar publicamente os faltosos.
O Conversa Afiada quer deixar muito claro, caro leitor, que não contrataria a Odebrecht para derrubar uma parede no meu apartamento.
Corria o risco de derrubar o prédio, na primeira chuva.
Por isso, prefere a demagogia, a teatralidade e a bravata de Rafael Correa à pusilanimidade de José Serra.
Clique aqui para ler as 29 perguntas que o Conversa Afiada fez a José Serra sobre a cratera do metrô e ele jamais respondeu. A trigésima pergunta era sobre como ele pretendia comprar ambulâncias para o Estado de São Paulo. Essa, ele também não respondeu.
Clique aqui para ler o que Serra disse a uma repórter do Conversa Afiada que lhe perguntou por que ele não respondia às nossas perguntas.

(*2) Coitadinho do BNDES. Vai ficar sem dinheiro para pagar o cala-a-boca do Daniel Dantas na “BrOi” ... Um cala-a-boca de US$ 1 bilhão.

(*3) Recomenda-se a leitura de “El Caudillo – Leonel Brizola, um perfil biográfico”, de FC Leite Filho, Editora Aquariana.


Nenhum comentário: