Direito faz parte da sólida
Bancada Jobim do Supremo
Por Paulo Henrique Amorim
O Ministro Carlos Alberto Direito “pediu vistas”, logo após o Ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal, relatar a favor dos índios Pataxós sobre a posse de uma área no Estado da Bahia.
O Ministro Direito faz freqüentemente assim.
Quando o voto do relator é um voto marcante, forte, que repercute na imprensa e ele vai votar contra, ele pede vistas para esconder o voto.
Foi o que ele fez na votação das células tronco.
E vai fazer na votação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima.
Ele foge.
E atrasa a ação judicial.
Até o Estadão, tão generoso com conservadorismo do Ministro Direito, está espantado.Clique aqui para ir à pág A6 – “‘Peço vista’ vira bordão de Direito”.
O interessante é que Direito foi nomeado pelo Presidente que tem medo.
Quem o nomeou, na verdade, foi o Ministro de Tudo, o serrista Nelson Jobim.
Jobim tem uma sólida bancada no Supremo: Direito, o Supremo Presidente Gilmar Mendes, e a Ministra Ellen Gracie, aquela que não deixava abrir o disco rígido de Daniel Dantas, porque, para ela, Daniel Dantas não era Daniel Dantas, mas Daniel Dantas.
O Presidente que tem medo teve a oportunidade histórica de nomear para o Supremo 6 ministros em 11.
E construiu uma das casas mais conservadoras da história do Supremo.
O Ministro Direito, por exemplo.
Ou ele não trabalha, e não tem condições de votar como os outros depois do voto do relator, ou ele precisa esconder um voto flagrantemente político, enviesado ideologicamente.
Que Supremo !, caro leitor.
O Supremo do Presidente Lula !
Clique aqui para ler o que o Conversa Afiada escreveu sobre a tática do “peço vista”, que Direito empregou na votação da Serra do Sol.
Clique aqui para ler que Mendes não pode julgar o caso Raposa Serra do Sol.
E clique aqui para ler sobre o voto (inútil), mas revelador do Supremo Presidente Gilmar Mendes na votação das células tronco.
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