sexta-feira, 11 de abril de 2008

AGNELLI, DONO DA VALE, CHAMA STÉDILE DE “BANDIDO”

Por Paulo Henrique Amorim

Na composição acionária da Vale, o Governo Federal tem maioria. A Valepar é a acionista majoritária, com 32,5%.
Dentro da Valepar, a Previ, dos funcionários do Banco do Brasil e o BNDES, juntos, têm 61%.
O sr. Roger Agnelli é empregado da Vale.
Os patrões são esses aí em cima.
Ele é um funcionário assalariado.
O PiG trata o sr. Agnelli como se fosse o dono da Vale.
O PiG trata a Vale como a jóia do empresariado privado nacional, para que sirva de pólo de referencia contra a Petrobras.
A Petrobras, estatal, não presta.
AVale, privatizada, é uma maravilha – segue o raciocínio do PiG. E o sr. Agnelli, que não resiste a um repórter ou a um “sun-gun” (aquele pau de luz que acompanha os cinegrafistas de uma equipe de televisão), é especialista em PiG.
A Miriam Leitão, por exemplo, dá furos mirabolantes, desses que não interessam a ninguém, com informações exclusivas sobre a Vale.
Recentemente, o PiG deu um show no trapézio: anunciou que Agnelli seria coroado Rei da Fortune’s 500, porque ia comprar a Xstrata.
A Vale não comprou a Xstrata.
O PiG rapidamente virou o jogo e informou que não comprar a Xstrata foi a melhor coisa que o Agnelli poderia ter feito ...
No jornal nacional de ontem – quinta feira, dia 11 - o sr. Agnelli disse que o MST realiza um “ato ... feito por bandidos”. Bandidos ?
Isso mesmo: bandidos !
Essa é uma acusação muito grave.
Qual prova tem o sr. Agnelli de que os autores daquele ato são criminosos, que infringem a lei e, portanto, merecem o epíteto de “bandidos” ?
A Policia já pediu o indiciamento ao Ministério Publico ?
O Ministério Publico já pediu à Justiça o indiciamento dos manifestantes ?
O Juiz aceitou ?
O Juiz já julgou ?
Já condenou ?
Ou ali no pedaço, Parauapebas, o sr. Agnelli é a Lei ?
O sr. João Pedro Stédile, por exemplo, líder do MST, é um “bandido”, segundo o sr. Agnelli ?
O movimento do MST em Parauapebas, em área próxima a uma estrada de ferro da Vale, tem suas razões, sobre as quais se deve refletir: o MST acusa a Vale de submeter empregados a ”condições degradantes de trabalho” - clique aqui para ir ao portal do MST na internet).
Outro motivo invocado pelo MST: a Vale descumpre uma decisão judicial para pagar R$ 109 milhões de indenização.
Quem desrespeita a Lei: o MST ou o sr. Agnelli ?
Isto posto, cabe a singela pergunta: os patrões do funcionário Roger Agnelli concordam com a afirmação de que aquele ato é um ato de “bandidos” ?
É uma pergunta que o Conversa Afiada também a eles submeterá: quer dizer, então, que os senhores acham o MST um conjunto de bandidos ?
São degradantes as condições de trabalho na empresa que os senhores controlam ?
É hábito na sua empresa descumprir decisão da Justiça ?. E quando o Presidente Lula receber Stédile no Palácio do Planalto; ou Stédile for o convidado de honra e o orador de uma festa para celebrar, em Paris, o aniversário do jornal “Monde Diplomatique” - os senhores vão mandar chamar a Polícia Federal, a Interpol ?

2 comentários:

Anônimo disse...

È algo profundamnete ridículo comentários como este acima!
Dizer que o MST nao age ao arrepio da legalidade constitucional é uma falácia de sinimo raramente encontrada.
Ora, se invadir propriedades produtivas, destruir aparelhos carissimos de inseminação artificial, ameaçar pessoas, matar animais, e etc...("etc" elevado à 5° potência), nao consistem em evidentes ilegalidades, eu nao sei mais onde acaba a desordem e começa o Estado Democrático de Direito de nosso país.
Meu nome é Diogo Margonar, sou filho da cidade de Marabá, no sul do Pará, e percebo vez ou outra como é realizada a militância do MST.
Aqui existem diversos assentamentos,as verbas do PRONAF são despejadas aos baldes e o mais interessante é que a maioria dos assentados usa a verba para comprar milho, carne, arroz...
Nao se ve quase nada de produtivo nesses assentamentos, e , como se nao bastasse, aquela organização se intitula como legítima a ordenar sua massa de manobra a trucidar propridedades particulares, que, em grande maioria, sao efetivamente produtivas.
Ah, e so finalizando, gostaria de dizer que nao possuo nenhuma propriedade rural, nem,ao menos, urbana.

Anônimo disse...

È algo profundamnete ridículo comentários como este acima!
Dizer que o MST nao age ao arrepio da legalidade constitucional é uma falácia de sinimo raramente encontrada.
Ora, se invadir propriedades produtivas, destruir aparelhos carissimos de inseminação artificial, ameaçar pessoas, matar animais, e etc...("etc" elevado à 5° potência), nao consistem em evidentes ilegalidades, eu nao sei mais onde acaba a desordem e começa o Estado Democrático de Direito de nosso país.
Meu nome é Diogo Margonar, sou filho da cidade de Marabá, no sul do Pará, e percebo vez ou outra como é realizada a militância do MST.
Aqui existem diversos assentamentos,as verbas do PRONAF são despejadas aos baldes e o mais interessante é que a maioria dos assentados usa a verba para comprar milho, carne, arroz...
Nao se ve quase nada de produtivo nesses assentamentos, e , como se nao bastasse, aquela organização se intitula como legítima a ordenar sua massa de manobra a trucidar propridedades particulares, que, em grande maioria, sao efetivamente produtivas.
Ah, e so finalizando, gostaria de dizer que nao possuo nenhuma propriedade rural, nem,ao menos, urbana.