sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

CASO MARIELLE: INVESTIGAÇÃO FOCA EM LIGAÇÃO ENTRE O ASSASSINO E O CLÃ BOLSONARO


Investigadores do assassinato da vereadora Marielle Franco aprofundam a informação de que 
integrantes da família Bolsonaro ajudaram na recuperação de Ronnie Lessa, autor dos 
disparos contra Marielle, depois que ele sofreu um atentado de 2009, junto com o contraventor 
Rogério Andrade. Fato mostraria uma ligação antiga do acusado com o clã
Um dos principais pontos da investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-
RJ) é, neste momento, a busca pelos vínculos antigos e benefícios concretos oferecidos pela família 
Bolsonaro a um dos acusados pelo crime. A informação é da coluna de Plíni Fraga, no UOL.
O ex-policial militar Ronnie Lessa, que disparou os tiros contra Marielle, morava no condomínio 
Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, onde Jair e Carlos Bolsonaro também tinham residência. 
Como lembra o UOL, Lessa sofreu um atentado em 2009, quando uma granada explodiu dentro do 
carro que ele dirigia. À época, Lessa era segurança do contraventor Rogério Andrade e foi vítima dos 
inimigos de seu então chefe. Agora, os investigadores do caso Marielle se debruçam sobre a 
informação de que membros do clã Bolsonaro ajudaram na recuperação de Lessa após esse caso, o 
que indicaria ligação entre a família e o assassino de Marielle.
Vale lembrar que o outro acusado pelo crime, Élcio Queiroz (que dirigia o carro do assassino no 
momento dos disparos contra Marielle), já apareceu nas redes sociais em fotos com Jair Bolsonaro. E 
ainda tem Josinaldo Lucas Freitas, o Djaca, preso neste ano sob a acusação de lançar ao mar as 
armas usadas para matar Marielle. Ele também já postou fotografias ao lado do presidente.
Já o também ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega, associado ao Escritório do Crime, recebeu 
múltiplas homenagens de Flávio Bolsonaro durante seus tempos de deputado estadual no Rio de 
Janeiro. Além disso, a esposa e a mãe do miliciano trabalharam no gabinete de Flávio.
Por fim, ainda vale recordar que, no final de novembro, o UOL divulgou um trecho do depoimento 
do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) à Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, cerca de um 
mês após o assassinato de Marielle. Ele relatou que teve uma discussão com um assessor da 
vereadora e que a própria Marielle teria apaziguado a briga.

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