
POR FERNANDO BRITO
Para quem não está entendendo a atitude do presidente do Supremo, José Carlos Dias Toffoli, de
recusar o pedido de reconsideração feito pelo Procurador Geral da República, Augusto Aras, para
revogar seu pedido de envio de todos os relatórios produzidos pelo antigo Coaf, agora Unidade de
Inteligência Financeira, recomendo refletir porque era tão importante mante-lo sob o comando de
Sérgio Moro.
O que Dias Toffoli prepara para o julgamento, no dia 20, da liminar com que mandou suspender
O que Dias Toffoli prepara para o julgamento, no dia 20, da liminar com que mandou suspender
todas as investigações desenvolvidas com base nestes relatórios é a revelação de que havia, entre as
instituições fiscais e o Ministério Público um esquema de fast track, uma espécie de via rápida de
vigilância sobre centenas de milhares de pessoas, especialmente ocupantes de cargos
governamentais, políticos e integrantes das cortes judiciais superiores – e de suas famílias – para a
formação de “paiós” de informações potencialmente escandalosas contra quem interessasse investir
ou, ainda, paraserem usadas como represália a quem se opusesse ao esquemas de poder dos
procuradores ou de quem eles quisessem beneficiar.
Toffoli, ao apresentar seu relatório no julgamento da liminar, quer informar a seus pares que duas
contas bancárias estavam, permanentemente, sob vigilância. Também quer dar a conhecer, com
números e, claro, sem nomes, que o mesmo ocorre com parlamentares federais, na Câmara e no
Senado.
O presidente do Supremo quer evidenciar indícios de que, havia uma composição política para que o
O presidente do Supremo quer evidenciar indícios de que, havia uma composição política para que o
Coaf “abastecesse” automaticamente o Ministério Público – e, notadamente, as várias “”forças-
tarefa” da Lava Jato sobre pessoas que, a partir dos relatórios teriam abertos ou prontos para abrirem-
se procedimentos investigatórios e inquéritos contra elas.
A mídia está tratando o caso como se Toffoli pretendesse acessar os dados das 600 mil pessoas – 412
A mídia está tratando o caso como se Toffoli pretendesse acessar os dados das 600 mil pessoas – 412
mil físicas e 186 mil jurídico-empresariais -, o que não vai ocorrer. Eles serão apenas acautelados no
Supremo, como prova das arapongagens.
O esquema de Sergio Moro no Coaf, que já estava abalado desde a transferência para o Banco
O esquema de Sergio Moro no Coaf, que já estava abalado desde a transferência para o Banco
Central, ruiu de vez.
Toffoli vai expô-lo no Supremo. Vai contar o “milagre”, ainda que não deva falar no “nada santo”.
Toffoli vai expô-lo no Supremo. Vai contar o “milagre”, ainda que não deva falar no “nada santo”.
Um comentário:
ANDE COM ISSO. FAÇA-O NA PERFEIÇÃO POIS O POVO QUER VER AÇÃO DO/NO STF, JÁ.
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