Reportagem do site The Intercept, publicada nesta quinta-feira (14), revela que a família do
presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), enriqueceu e acumulou poder com a grilagem
de terras no Amapá. "Há desde a apropriação de terrenos do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes, o Dnit, até a compra de áreas já griladas por multinacionais",
diz o texto.
Reportagem do site The Intercept, publicada nesta quinta-feira (14) em parceria com o De Olho nos
Reportagem do site The Intercept, publicada nesta quinta-feira (14) em parceria com o De Olho nos
Ruralistas, revela que a família do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), enriqueceu e
acumulou poder com a grilagem e a devastação do meio ambiente no Amapá. “A especialidade:
grilagem de terras públicas", destaca reportagem . Como mostram processos judiciais, aos quais o
Intercept teve acesso, há desde a apropriação de terrenos do Departamento Nacional de Infraestrutura
de Transportes, o Dnit, até a compra de áreas já griladas por multinacionais e agora em disputa na
justiça”, destaca o texto.
O texto destaca que até mesmo terras pertencentes ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária(Incra), que deveriam ser empregadas na implantação de assentamentos rurais, foram
incorporadas por familiares de Alcolumbre, como uma área de 108,22 hectares que pertence ao
Incra, batizada de Fazenda São Miguel, na Vila Santa Luzia do Pacuí, e “que está embargada pelo
Ibama stá embargada pelo Ibama, em função da devastação da flora, desde 2016. Ali, um primo do
senador, Salomão Alcolumbre, conhecido como Salomãozinho, implantou uma criação de búfalos.
“Pela devastação, o instituto aplicou uma multa de R$ 109 mil a Salomãozinho, que ainda não foi
paga. O valor corresponde a 10% do total de multas que a família Alcolumbre recebeu nos últimos
dez anos por descumprir a legislação ambiental, segundo dados do próprio Ibama. Essas multas
somam mais de R$ 1 milhão em um estado que gosta de se vender como verde – 70% do território
do Amapá é composto por áreas protegidas”, observa a reportagem.
Segundo a reportagem, pescadores locais afirma que a polícia faz vista grossa à devastação feita pela
família do parlamentar enquanto reprime a atividade pesqueira “Eles fiscalizam o pescador,
impedem a pesca regular inclusive, mas fazem vistas grossas ao desmatamento dos fazendeiros. Um
sargento chegou a participar dessas ações mesmo estando de férias. Depois, se aposentou e virou o
gerente da terra dele”, disse um pescador ao The Intercept.
A reportagem também observa que “a vida dos Alcolumbre é cercada por negócios em família. Davi
tem como no Senado o irmão Josiel, apelido de José Samuel. Ele é sócio da TV Amazônia,
retransmissora do SBT no estado. A sua família materna, a Alcolumbre (o sobrenome paterno de
Davi é Tobelem), controla ainda outras emissoras de rádio e TV no Amapá. A Organizações José
Alcolumbre é dona da TV Macapá, retransmissora da Rede Bandeirantes. O tio que dá nome ao
grupo chegou inclusive a ser preso em 2006, pela Operação Alecto, da Polícia Federal, que
investigava corrupção, tráfico de influência e crimes contra a fazenda nacional”.
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