Procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba pediram de forma "abrupta
e antecipada" o arquivamento de uma investigação sobre espionagem, por meio de grampo, na
cela do doleiro Alberto Youssef. A denúncia é do delegado responsável pelo caso, segundo a
Folha de S.Paulo
José Marques, na Fel-lha de São Paulo, revela que a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba solicitou,
"de forma abrupta e antecipada", o arquivamento do inquérito da Polícia Federal sobre a instalação
de um grampo na cela de Alberto Yousseff, preso em 2014 por lavagem de dinheiro.
O pedido para engavetar o caso foi feito pelo próprio Ministério Público Federal.
"Os procuradores atipicamente requerem o arquivamento do inquérito policial, antes mesmo da
"Os procuradores atipicamente requerem o arquivamento do inquérito policial, antes mesmo da
realização de diligências básicas e da confecção do relatório final", disse o delegado Márcio
Carvalho Xavier, corregedor da PF, à Justiça Federal, em junho de 2017.
A investigação da Polícia Federal tentava descobrir o que motivou a instalação do grampo e se houve
alguma tentativa, por parte de agentes da PF, de abafar o caso.
Em março de 2014, Yousseff descobriu uma escuta eletrônica oculta em sua cela em Curitiba.
Em março de 2014, Yousseff descobriu uma escuta eletrônica oculta em sua cela em Curitiba.
Posteriormente, um laudo técnico apontou que foram gravadas mais de 260 horas de áudio de forma
irregular.
O agente da PF responsável pela instalação da escuta, Dalmey Werlang, afirma que cumpriu "ordens
O agente da PF responsável pela instalação da escuta, Dalmey Werlang, afirma que cumpriu "ordens
superiores" - orientações de delegados que estavam, à época, na chefia da Operação Lava Jato e,
hoje, integram a cúpula da Polícia Federal em Brasília.
Dalmey responde a processo disciplinar por conta das escutas clandestinas. Seus superiores, não.
Sobre o caso, leia também no Conversa Afiada: Depoimento confirma grampo ilegal em cela da
Sobre o caso, leia também no Conversa Afiada: Depoimento confirma grampo ilegal em cela da
29/VIII/2019.
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