segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Bolsonaro mudou comando da PF no Rio para brecar investigação sobre Milícias


Aparece o verdadeiro motivo da crise entre Jair Bolsonaro e o comando da PF no Rio, que 
teria levado à exoneração do delegado Ricardo Saad: um inquérito sobre as milícias e a 
lavagem de dinheiro. Há dois meses o inquperito chegou ao conhecimento de Bolsonaro, que 
teria ficado furioso. A crise ainda poder levar à queda do diretor -geral do órgão, Maurício 
Valeixo.
247 - Aparece o verdadeiro motivo da crise entre Jair Bolsonaro e o comando da PF no Rio, que teria 
levado à exoneração do delegado Ricardo Saad: um inquérito sobre as milícias e a lavagem de 
dinheiro. Há dois meses o inquperito chegou ao conhecimento de Bolsonaro, que teria ficado furioso. 
A crise ainda poder levar à queda do diretor -geral do órgão, Maurício Valeixo. A informação é do 
jornalista André Guilherme Vieira, no Valor Econômico.
"A PF chegou aos milicianos ao descobrir que um grupo estaria achacando doleiros investigados por 
lavagem de dinheiro. Apesar de mantida sob discrição, a notícia sobre a investigação teria sido 
transmitida ao Palácio do Planalto por policiais federais próximos de Bolsonaro", informou o 
jornalista.
A notícia acendeu o sinal vermelho no clã. As relações entre os Bolsonaro e o ex-capitão do Bope 
Adriano Magalhães da Nóbrega, chefe do “Escritório do Crime”, no Rio, são antigas e conhecidas. 
Sua ex-mulher e mãe trabalharam no gabinete da Assembleia Legislativa do hoje senador Flávio 
Bolsonaro (PSL-RJ). A mãe do miliciano participava do esquema de "rachadinha" de funcionários 
coordenado pelo ex-assessor Fabrício Queiroz.
Informado sobre o perfil técnico de Ricardo Saadi - que é especialista no combate a crimes 
financeiros e organizações criminosas -, Bolsonaro passou a dizer publicamente que o 
superintendente precisava ser trocado por "problemas de produtividade". Saadi terminou exonerado 
no dia 30 de agosto.
A saída de Ricardo Saadi da PF do Rio marcou o início da crise do ministro Sergio Moro. A 
iniciativa para deixar a base fluminense da corporação foi do próprio Saadi. Mas acabou antecipada 
em ao menos quatro meses por decisão de Bolsonaro, alarmado com o rumo das investigações.

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