O juiz Luiz Antonio Bonat, da Lava Jato de Curitiba, escreveu ao ministro Edson Fachin do
STF que as conversas interceptadas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com
autoridades em 2016 foi deixada de fora dos processos para "preservar a privacidade dos
interlocutores" e "coibir eventuais vazamentos". Trata-se de uma deslavada mentira, pois a
Lava Jato divulgou o que lhe interessava naquele momento.
O juiz Luiz Antonio Bonat, afirmou que parte das conversas interceptadas do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva com autoridades em 2016 foi deixada de fora dos processos para preservar a
privacidade dos interlocutores e coibir eventuais vazamentos. A explicação, porém, não se sustenta,
como aponta reportagem de William Castanho na Folha de S. Paulo.
A explicação foi dada por solicitação do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF
A explicação foi dada por solicitação do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF
(Supremo Tribunal Federal), após a Folha mostrar que diálogos mantidos sob sigilo desde então
enfraqueciam uma tese do então juiz Sergio Moro.
Em ofício endereçado a Fachin, o juiz Bonat escreveu que "os áudios não incorporados aos autos
Em ofício endereçado a Fachin, o juiz Bonat escreveu que "os áudios não incorporados aos autos
eletrônicos, além de não selecionados como relevantes pela autoridade policial, tinham conteúdo
sensivelmente privado e não foram juntados com a intenção de coibir o risco de vazamentos
indevidos e de respeito à intimidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva".
Porém, a reportagem aponta que "na prática, quase todas as conversas que foram mantidas sob sigilo
Porém, a reportagem aponta que "na prática, quase todas as conversas que foram mantidas sob sigilo
e analisadas pela Folha e pelo site The Intercept Brasil envolviam políticos e não tratavam de
assuntos pessoais". O objetivo era político.
O fato é que os diálogos gravados pela Polícia Federal em 2016 e que não foram anexados ao
O fato é que os diálogos gravados pela Polícia Federal em 2016 e que não foram anexados ao
processo fragilizavam a tese de Moro para tornar público um diálogo em que a então presidente
Dilma Rousseff tratou com Lula de sua posse como ministro da Casa Civil.
Em sua conduta ilícita e parcia, visando a condenar Lula, conduta incompatível com o
Em sua conduta ilícita e parcia, visando a condenar Lula, conduta incompatível com o
comportamento de um juiz, Sergio Moro pretendeu "provar" que o áudio divulgado mostrava que a
nomeação de Lula como ministro tinha como objetivo travar as investigações sobre ele. Outros
registros mantidos sob sigilo punham em xeque a hipótese, indica a Folha de S.Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário