segunda-feira, 27 de maio de 2019

QUE CARTAZ FALTOU NA AV. PAULISTA?



A vida é um meme? Para os Bolsonaro, sim
POR FERNANDO BRITO
Não são de interesse público – e portanto não são do interesse deste blog – nem o prendedor de 
gravata “pistolão” do filho do presidente da República nem a lingerie de sua mulher. Vestir ou despir 
em público o que quiserem é problema exclusivamente pessoal, questão de bom ou mau gosto, que 
não se discute.
Mas é algo que importa a todos perceber o comportamento de gente que usa isso como “meme” nas 
redes sociais, o que enche de significado propagandista o que seria exclusivamente pessoal.
Não é exagero, antes é parcimônia, dizer que os Bolsonaro envolvem tudo o que fazem numa 
atmosfera sexual, numa exacerbação do instinto sobre o racional.
A “moral”, a “indecência”, a “safadeza” servem para classificar o comportamento do “inimigo”.
No seu próprio mundo, conservador, vale dizer que “é pequeninho como o de japonês” ou grande 
como um prendedor de gravatas ou dizer que “mulheres de direita são mais bonitas’ e ‘higiênicas“.
Sexualidade, comportamento e estética são apropriados como elementos de propaganda política, 
descaradamente.
A mentalidade exibicionista de adolescentes tomou conta do comando do país e toma conta da 
comunicação do clã.
Não é à toa que as metáforas presidenciais se referem sempre a “namoro” e “casamento” quando 
trata das relações com ministros, presidente da Câmara e parlamentares. O sentido torto da 
consumação destes ensaios, na imaginação destes senhores, deixo que o leitor conclua.
Mas, sem problemas: Freud devia ser comunista…

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