sábado, 11 de maio de 2019

LULA NA BBC. Uma história de como chegamos à loucura. Assista


Assista a reprodução do vídeo, gravado pelo 
deputado federal Paulo Pimenta, do PT-RS.
Assistir a entrevista de Lula, na BBC, conduzida pelo correto Kennedy Alencar, é um reacender da 
vontade de lutar por este país.
Depois de mais de um ano preso, em regime semi-solitário, o ex-presidente, num clima mais natural 
de que sua primeira entrevista, dada a Mônica Bergamo e Florestan Fernandes Jr, mês passado, o 
programa percorre a história recente do país e ajuda muito a compreender a sucessão de 
acontecimentos que, a partir de 2013, levaria o Brasil ao golpe de Estado e, agora, a esta impensável 
situação de ser governado por um alucinado, fascistóide e violento.
Tudo, afinal, conduzido pelo fio podre da Lava Jato e Sérgio Moro.
Foi apenas um trecho e Kennedy promete postar a íntegra – de uma hora e meia, na segunda-feira.
É e será imperdível.
Mais que uma sucessão e perguntas e respostas, o documentário – esta é a sua melhor definição é um 
passeio doloroso pelo que ocorreu, sem que muita gente tenha entendido no início, para que a pior 
parcela da elite brasileira (e como esta parcela tomou conta de tudo!) pudesse fazer o que não 
conseguia pela via eleitoral: retormar o controle de um país que, para ela, não deve jamais ser do 
tamanho que é.
LULA: MORO NASCEU PARA SE 
ESCONDER ATRÁS DA TOGA
Na entrevista a Kennedy Alencar, o ex-presidente abordou vários temas e reafirmou sua inocência: 
“Quando eu provar minha inocência, posso morrer tranquilo”
Lula destacou que muita gente achava que ele deveria sair do Brasil, ir para uma embaixada, antes de 
ser preso. “Mas eu resolvi ficar no meu país. É lá em Curitiba que eles me querem, eu vou para lá. 
Eu estou muito tranquilo aqui”.
Moro
Questionado sobre o episódio de vazamento da conversa entre ele e Dilma Rousseff, Lula não 
poupou o ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça.
“Minha reação ao grampo foi que o Brasil estava fora de controle. O Brasil não tinha mais 
autoridade. Um juiz de 1ª instância fazer todo o desatino que o Moro fez. Ele fornecia à imprensa 
informações em primeira mão. A imprensa transformava a mentira do Moro em verdade e aí o cara 
já estava condenado”, disse.
Ainda sobre Moro: “Ele nasceu para se esconder atrás de uma toga e ficar lendo o Código Penal. Ele 
tem que se expor a debate. Eu, por exemplo, adoraria fazer um debate com o Moro sobre os crimes 
que cometi”.
Bolsonaro
Em relação a Bolsonaro, Lula também foi contundente: “Ele acaba de fazer um decreto acabando 
com todos os conselhos populares, que foram criados a partir da Constituição de 1988. Ele defende 
barbaramente o Estado armado, policialesco. O cidadão só faz aquele gesto de atirar. Na cabeça dele, 
a arma resolve o problema de todo mundo. Ele acaba de autorizar que fazendeiro pode utilizar arma 
e atirar em quem quiser”.
O ex-presidente mencionou os problemas causados pelos filhos do presidente: “O Bolsonaro corre 
atrás dos filhos para apagar um incêndio todo dia. Eu, sinceramente, não sei como funciona isso. 
Mas o que se apresenta publicamente é um negócio incontrolável. Pelo bem do Brasil eu espero que 
ele aprenda. Se o Brasil quiser ser respeitado, o Brasil precisa cuidar de si. Não é com discurso, é 
com prática. Então, seu Bolsonaro, ao invés de ficar falando bobagens, deveria falar o seguinte: ‘Vou 
terminar esse mandato sendo melhor do que o Lula, vou fazer mais universidades, vou investir mais 
em ciência e tecnologia, vou colocar mais criança na escola”’.

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