quinta-feira, 16 de maio de 2019

EMBAIXADOR VENEZUELANO CONFIRMA DIÁLOGO COM OPOSIÇÃO E DIZ QUE TRUMP É CRIMINOSO DE GUERRA


"Existe uma oposição que pode ser classificada como democrática, mas há outra que é 
composta simplesmente por marionetes do império dos EUA", disse Valero a repórteres, sem 
dar maiores detalhes. "Eu posso confirmar que há conversas, mas não posso entrar em 
detalhes". O embaixador da Venezuela na Organização das Nações Unidas (ONU), Jorge 
Valero, confirmou nesta quinta-feira (16) a ocorrência de negociações na Noruega entre o 
governo venezuelano e uma "parte democrática" da oposição, mas não aquela apoiada pelo 
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a quem chamou de "criminoso de guerra". 
Representantes do governo bolivariano e da oposição da Venezuela participam nesta semana de 
negociações de paz em Oslo, informou a emissora de rádio e televisão norueguesa NRK, que citou 
fontes anônimas.
Esta é a segunda vez que acontecem conversações deste tipo na capital da Noruega, de acordo com a 
NRK, que também mencionou negociações já ocorridas em Cuba entre o governo de Nicolás 
Maduro e a oposição liderada por Juan Guaidó, mas sem revelar uma data.
“Não podemos confirmar nem desmentir o envolvimento norueguês em processos de paz ou 
iniciativas de diálogo”, declarou Ane Haavardsdatter Lunde, porta-voz da diplomacia de Oslo.
Também de acordo com a NRK, as negociações acontecem há vários dias em um local mantido sob 
sigilo.
Do lado do governo estariam envolvidos o ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez, e o 
governador do estado de Miranda, Héctor Rodríguez.
A oposição estaria representada pelo ex-deputado Gerardo Blyde, o ex-ministro Fernando Martínez 
Mottola e o vice-presidente da Assembleia Nacional Stalin González.
“Jorge Rodriguez está cumprindo uma missão no exterior, muito importante”, afirmou Maduro na 
quarta-feira.
Vários países europeus reconheceram Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela, mas 
a Noruega apenas fez um apelo pela organização de novas eleições, uma atitude compreendida por 
muitos como um sinal da vontade do país de atuar como intermediário entre o governo e a oposição.
A ministra norueguesa das Relações Exteriores, Ine Eriksen Søreide, afirmou no fim de janeiro que o 
país estava “disposto a contribuir se e quando as partes desejarem”.

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