Treze instituições, representantes no Conama, assinaram o manifesto de repúdio contra o
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Os representantes no Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) divulgaram uma moção de
repúdio contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. O manifesto é uma resposta ao que
aconteceu durante a 59ª Reunião Plenária Extraordinária da entidade, ocorrida na quarta-feira (20).
Segundo relato de alguns conselheiros, o encontro foi marcado por polêmicas, constrangimentos e
até agressão.
“Ressalte-se ainda o policiamento ostensivo e a agressão cometida por seguranças armados contra o
representante suplente da Associação Nacional de Municípios (ANAMA), retirado à força do recinto
da plenária. Dispositivos do Regimento Interno do Conama determinam que as reuniões são públicas
e que os membros titulares e suplentes têm direito à voz”, declaram os signatários no texto.
A 59ª Reunião tinha como pauta principal a revisão do regimento interno, o que gerou reclamações
A 59ª Reunião tinha como pauta principal a revisão do regimento interno, o que gerou reclamações
sobre o curto prazo para os conselheiros apresentarem as contribuições, motivo pelo qual o ministro
resolveu adiar as modificações. Mas além da agressão descrita, outro fator que causou a indignação
dos presentes foi a separação de conselheiros titulares e suplentes em salas diferentes, fato que
contraria o regimento interno do Conama.
“Como se não bastasse o autoritarismo e a falta de correção, o Sr. Ricardo Salles determinou por
ordem alfabética os assentos dos conselheiros titulares, o que culminou por segregar também, entre
si, as representações dos diversos segmentos de governos e da sociedade civil representados no
Conama”, afirma o documento.
O colegiado tem cerca de cem membros de órgãos federais, estaduais e municipais, além de
representantes do empresariado e da sociedade civil e é presidida pelo ministro Ricardo Salles.
A moção é assinada por 13 instituições, entre elas, o Conselho Nacional dos Seringueiros e
Fundação Brasileira de Conservação da Natureza, “que representam no Conama as regiões
geográficas brasileiras e veem na atitude do ministro do Meio Ambiente um alto risco ao caráter
democrático e de debates do órgão, essencial na elaboração de políticas de preservação do meio
ambiente”, descreve o manifesto.
“É inaceitável o que assistimos na reunião. Suplentes barrados, lugares marcados e descumprimento
do regimento interno, além de agressões”, afirma Carlos Bocuhy, presidente do Instituto Brasileiro
de Proteção Ambiental (Proam) e conselheiro titular no Conama, presente na reunião.
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