"Genial: 'reforma da previdência' dos militares é só uma desculpa para aumentar o salário
deles! Enquanto a do trabalhador é pra tirar o couro e morrer trabalhando. Muita injustiça",
postou o ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), que também compartilhou análise do
Tijolaço sobre o tema.
A Reforma da Previdencia dos militares iria economizar 93 bilhões em 10 anos. Mas a
restruturação da carreira militar vai consumir 83. Vão sobrar 10 bilhões, ou seja, 1% do total
previsto pelo Guedes. Mui amigos.
Como era de esperar, a proposta previdenciária para os militares traz mais danos à tramitação da
reforma da Previdência que benefícios para as contas públicas.
É que aquilo que será exigido a mais em tempo de serviço e em contribuição para a aposentadoria é
É que aquilo que será exigido a mais em tempo de serviço e em contribuição para a aposentadoria é
totalmente coberto pelo aumento das gratificações pagas aos integrantes das Forças Armadas, em
especial aos oficiais graduados, que receberam parcelas muito mais generosas que a tropa em matéria
de representação, adicional por cursos e o criado “adicional de disponibilidade militar”, cujos índices
variam de acordo com a patente.
A “economia” de R$ 10 bilhões em 10 anos é originária, essencialmente, da redução proposta do
efetivo militar brasileiro: 10% em 10 anos. Calculada pelo termo médio (5% a menos de efetivo)
sobre os cerca de R$ 24 bilhões da folha de ativos atual, isso dá R$ 12 bilhões em uma década, mais
que a alegada economia das medidas propostas hoje.
Há outros pontos que vão gerar disputa com os funcionários civis: alíquotas menores que as deles
para vencimentos iguais, regras de transição extremamente mais generosas e a ausência de idade
mínima, que, mesmo com os 35 anos de serviço, permitirá a militares se aposentarem aos 52 anos de
idade (17 anos de idade mínima para a entrada nas escolas de cadetes, contando para somar os 35
anos).
Mas nada será comparável à irritação dos policiais e bombeiros militares dos Estados, que “ganham”
Mas nada será comparável à irritação dos policiais e bombeiros militares dos Estados, que “ganham”
as novas exigências para se aposentarem mas não recebem um tostão das vantagens concedidas às
Forças Armadas.
O próprio Ministério da Economia estima que R$ 52 bilhões deixarão de ser pagos aos militares
O próprio Ministério da Economia estima que R$ 52 bilhões deixarão de ser pagos aos militares
estaduais, por conta da mudança de regras. Como são, hoje, 500 mil em todo o país, o resultado é
uma perda superior de R$ 100 mil por cabeça, em média, em uma década ou pouco maior que R$ 10
mil por ano.
É por isso que até no PSL de Bolsonaro as reações são negativas. E a razão de ter sido dito aqui que
É por isso que até no PSL de Bolsonaro as reações são negativas. E a razão de ter sido dito aqui que
a medida desagradaria a “gregos e goianos”.
Na situação em que está hoje, o governo não conseguiria aprovar nenhum dos dois projetos , nem o
dos civis, nem o dos militares.
E não há sinal no horizonte de que isso esteja mudando.
E não há sinal no horizonte de que isso esteja mudando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário