quinta-feira, 14 de março de 2019

OS MANDANTES NA OPERAÇÃO ABAFA: DELEGADO DO CASO MARIELLE FOI SURPREENDIDO AO SER AFASTADO DO CASO


LEMBRAM DO CANDIDATO E HOJE GOVERNADOR DO 
RIO DE JANEIRO? 
O delegado Giniton Lages, responsável pelo pelo inquérito do crime mais complexo que a 
Polícia Civil do Rio já enfrentou - o assassinato da vereadora Marielle Franco e Anderson 
Gomes - soube que iria deixar o caso pela imprensa; nos bastidores, o comentário é de que o 
motivo de seu afastamento foram as divergências entre ele e o atual diretor do Departamento 
Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), Antônio Ricardo Lima Nunes, nomeado 
por Wilson Witzel; Giniton foi surpreendido pela notícia de seu afastamento, cujos detalhes 
soube pela coluna do jornalista Lauro Jardim
247 - O delegado Giniton Lages, responsável pelo pelo inquérito do crime mais complexo que a 
Polícia Civil do Rio já enfrentou - o assassinato da vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes -
soube que iria deixar o caso pela imprensa. Nos bastidores, o comentário é de que o motivo de seu
afastamento foram as divergências entre ele e o atual diretor do Departamento Geral de Homicídios e
Proteção à Pessoa (DGHPP), Antônio Ricardo Lima Nunes, nomeado por Wilson Witzel. Giniton foi
surpreendido pela notícia de seu afastamento, cujos detalhes soube pela coluna do jornalista Lauro
Jardim.
A reportagem do jornal O Globo informa que houve uma disputa interna por protagonismo: "para
manter sigilo total, o titular da DH só abria o caso para dois investigadores da sua inteira confiança e
as duas promotoras do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O
medo de vazamento era grande. Antônio Ricardo, que não escolhera Giniton para o cargo, mas teve
que aceitá-lo porque o secretário de Polícia Civil e o governador Wilson Witzel confiavam no
trabalho do delegado, não se sentia à vontade em não participar do passo a passo da investigação.
Embora fosse o diretor, o seu acesso aos dados do inquérito, inclusive por computador, era
bloqueado. A atmosfera ficou pesada entre os dois. Giniton e Antônio Ricardo não se pronunciaram
a respeito."
A matéria ainda destaca o discurso do governador com relação ao trabalho de Lages: "no entanto,
num evento no Palácio Guanabara nesta quarta-feira, o governador, Wilson Witzel, disse que, em
reconhecimento ao trabalho de Giniton no caso Marielle, sugeriu que o delegado se dedicasse a um
'programa de intercâmbio' com a polícia italiana. Ao fim da cerimônia, no qual pesquisadores do
Museu Nacional tiveram bolsas de emergência outorgadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Witzel afirmou que Giniton foi convidado pessoalmente por ele
na terça-feira, após a coletiva deles sobre a prisão do policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-
PM Élcio Queiroz, suspeitos do homicídio de Marielle e Anderson."
Witzel disse: "o delegado Giniton trabalhou nesse caso e acumulou muita informação. Nós já
estávamos trabalhando em um programa de intercâmbio com a polícia italiana e dos EUA, inclusive
ontem recebi o FBI aqui. Então estamos com vários intercâmbios para fazer. Como ele está com
experiência adquirida e nós estamos com esse intercâmbio com a Itália exatamente para estudar
máfia e movimentos criminosos, ele vai fazer essa troca de experiência. Eu ontem fiz esse convite,
para saber se ele poderia ser o elemento de ligação com este convênio e passar quatro meses no
intercâmbio, montando um programa de aperfeiçoamento dos nossos delegados."

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