O juiz Marcelo Bretas, mais conhecido como Duplo Auxilio Moradia, responsável pelos
processos da Lava Jato no Rio de Janeiro, decretou a prisão preventiva de Michel Temer e de
mais sete investigados com base em diligências feitas em maio de 2017, ou seja, há quase dois
anos; segundo ele, agora, passado esse período, os investigados poderiam destruir provas e
esconder valores.
Delação que levou Temer à prisão foi rejeitada
pela Lava Jato em Curitiba em 2016. Prisão é
'manobra para restaurar imagem da Lava
Jato', diz especialista
As informações de que Temer recebeu R$ 1,1 milhão de propina da Engevix, usadas para
efetuar sua prisão, faziam parte de uma tentativa de acordo de delação de Joaquim Antunes,
um dos sócios da empreiteira; o acordo foi recusado pela força-tarefa de Curitiba em 2016 e
acabou sendo fechado em 2018 com a PF.
Para André Rodrigues, cientista político e professor da Universidade Federal Fluminense, a prisão do
ex-presidente Michel Temer visa "tentar elevar de novo a imagem pública da Lava Jato"; "Essa
prisão acontece em um momento em que há um tensionamento com a Lava Jato [...] a Lava Jato vem
perdendo legitimidade, e de certa forma houve um atrito entre o Rodrigo Maia e o Moro, e a Lava
Jato então decreta a prisão de Moreira Franco e Temer, sendo que Moreira Franco tem relações de
parentesco entre o Rodrigo Maia", avaliou
'DESESTABILIZARAM O PAÍS E AGORA
VEIO A CONTA, A DESTRUIÇÃO DO
ESTADO DE DIREITO'.
"Aqueles que ajudaram a desestabilizar o país também pagam o preço da destruição das
VEIO A CONTA, A DESTRUIÇÃO DO
ESTADO DE DIREITO'.
"Aqueles que ajudaram a desestabilizar o país também pagam o preço da destruição das
regras do Estado de Direito. O vale-tudo que passamos a viver desde 2015 prossegue. E pode
ter um desfecho terrível, se não houver amplo diálogo e serenidade", afirmou o governador do
Maranhão Flávio Dino.
247 - Sem citar nominalmente Michel Temer, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB),
afirmou que o golpe de 2016 contra o mandato da ex-presidenta Dilma Rousseff, encabeçado por
Michel Temer (PMDB) e Aécio Neves (PSDB), provocou o desmonte do Estado Democrático de
Direito, refletindo diretamente na violação de direitos e garantias fundamentais.
"Aqueles que ajudaram a desestabilizar o país também pagam o preço da destruição das regras do
"Aqueles que ajudaram a desestabilizar o país também pagam o preço da destruição das regras do
Estado de Direito. O vale-tudo que passamos a viver desde 2015 prossegue. E pode ter um desfecho
terrível, se não houver amplo diálogo e serenidade", escreveu o governador que foi juiz federal por
mais de 12 anos.
Para Flávio Dino, o combate à corrupção é um dever cotidiano de todos, mas "a legitimidade da
Para Flávio Dino, o combate à corrupção é um dever cotidiano de todos, mas "a legitimidade da
causa não justifica que leis sejam descumpridas em um vale-tudo".
"Esse equilíbrio que parte do Judiciário perdeu, levando a uma ultrapolitização de decisões. Algumas
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