sexta-feira, 1 de março de 2019

Filhos de Bolsonaro celebram a revogação da nomeação de Ilona Szabó por Sergio Moro


Flavio chamou Ilona de "cara de pau" e Eduardo comemorou a saída também do sociólogo 
Renato Sérgio de Lima com um "grande dia". Declarações mostram que, diferente do que 
disse Bolsonaro - que os filhos não mandariam mais no governo -, clã continua exercendo forte 
pressão.
O senador Flávio Bolsonaro (PSL/RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL/RJ) 
comemoraram no Twitter a revogação da nomeação da cientista política Ilona Szabó, diretora do 
Instituto Igarapé, que havia sido nomeada por Sergio Moro para integrar o Conselho Nacional de 
Política Criminal e Penitenciária.
De volta às redes sociais, após um sumir durante o auge do Caso Queiroz, Flávio Bolsonaro chamou 
Szabó de “cara de pau” por aceitar o cargo. “Meu ponto de vista é como essa Ilana Szabó aceita fazer 
parte do governo Bolsonaro. É muita cara de pau junto com uma vontade louca de sabotar, só pode”, 
tuitou.
Meu ponto de vista é como essa Ilana Szabó aceita fazer parte do governo Bolsonaro.É muita 
cara de pau junto com uma vontade louca de sabotar, só pode. — Flavio Bolsonaro 
(@FlavioBolsonaro) 1 de março de 2019
Já Eduardo, celebrou também a saída do sociólogo Renato Sérgio de Lima, presidente do Fórum de 
Segurança, que pediu sua exoneração “em caráter irrevogável e em solidariedade à cientista política 
Ilona Szabó de Carvalho, que foi colocada em uma situação constrangedora”.
“Após exonaração de Ilana Szabó outro que era contra o projeto anti-crime de Moro pede para sair. 
O desarmamentista Renato Sérgio de Lima, do Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa 
Social, dispensou-se em solidariedade a Szabó. #grandedia”, escreveu o 03 do clã Bolsonaro no 
Twitter.
Após exonaração de Ilana Szabó outro que era contra o projeto anti-crime de Moro pede para 
sair. O desarmamentista Renato Sérgio de Lima, do Conselho Nacional de Segurança Pública e 
Defesa Social, dispensou-se em solidariedade a Szabó👏#grandedia
— Eduardo Bolsonaro (@BolsonaroSP) 1 de março de 2019
Pressão
Diferente do que foi declarado por Bolsonaro – de que os filhos não mandariam mais no governo -, a 
revogação da nomeação de Ilona mostra que o clã ainda exerce forte influência no Planalto, contando 
com a mobilização de bolsonaristas nas redes sociais.
O próprio ministro Sergio Moro admitiu, em nota emitida pela pasta, ter sofrido pressão e que a 
revogação foi provocada por “repercussão negativa em alguns segmentos” da sociedade.
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, a cientista social afirmou que grupos que dão 
sustentação ao governo Bolsonaro, como o MBL, “precisam de inimigos, e por isso não estão 
comprometidos com o debate democrático”.
“Hoje cedo eu estava sentindo a temperatura bastante quente. Mandei uma mensagem para a chefe 
de gabinete. O ministro Sérgio Moro me ligou de volta. Dado o clima, eu sabia que o risco existia. O 
ministro me pediu desculpas. Disse que ele lamentava, mas estava sendo pressionado, porque o 
presidente Bolsonaro não sustentava a escolha na base dele”, disse.

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