sexta-feira, 22 de março de 2019

Chefe de gabinete de Guaidó liderava 'célula terrorista'

Imagem divulgada pelo MP venezuelano mostra a captura de Marrero e de seu guarda-costas. 
Roberto Marrero foi detido com 'um lote de armas de guerra e dinheiro em espécie em moedas 
estrangeiras durante apreensão realizada em sua residência em companhia do Ministério 
Público'
O Ministério Público da Venezuela disse na noite desta quinta-feira (21/03) que Roberto Marrero, 
chefe de Gabinete do autodeclarado presidente interino Juan Guaidó, foi detido por ser a “cabeça de 
uma célula terrorista” que planejava assassinatos seletivos. Além disso, o órgão afirmou que 
investiga uma suposta participação de Marrero no atentado contra o presidente Nicolás Maduro, 
ocorrido em 4 de agosto do ano passado.
“[Roberto] Marrero Rojas se encontra investigado por sua suposta vinculação com delitos que 
implicam a violação da ordem constitucional e a promoção do terrorismo, incluindo o intento de 
magnicídio do chefe de Estado [Maduro]”, afirma o Ministério Público
“O Estado venezuelano garante que, no presente caso, serão respeitados todos os direitos 
constitucionais que assistem ao imputado, em concordância com o ordenamento jurídico 
internacional”, disse o MP, em nota.
Mais cedo, o ministro de Relações Interiores, Justiça e Paz, Néstor Reverol, havia anunciado a 
captura de Marrero e de seu guarda costas, Luis Alberto Páez Salazar, líderes de um susposto grupo 
terrorista que planejava assassinatos seletivos contra políticos, militares e magistrados do Tribunal 
Supremo de Justiça (TSJ).
Marrero seria, segundo Reverol, "o responsável pela organização destes grupos criminosos" e foi 
detido com "um lote de armas de guerra e dinheiro em espécie em moedas estrangeiras durante uma 
apreensão realizada em sua residência nesta madrugada em companhia do Ministério Público".
Maduro
Por sua vez, o presidente Maduro disse que esta suposta “célula terrorista” teria como principais 
objetivos atacar quarteis militares, hospitais e serviços públicos, como as estações do metrô de 
Caracas.
“Os tribunais da República deram a ordem de captura de um grupo terrorista que conspirava para 
trazer mercenários da Colômbia e da América Central para atacar o país”, afirmou. “Estamos em 
pleno processo para desmembrar, desmantelar e entregar à Justiça todo o grupo terrorista.”
Prisão
A prisão de Marrero foi anunciada por Guaidó, pelo Twitter. Ele chamou as detenções de 
“sequestro”. “Desde as 2h24, funcionários do Sebin assediam as casas do deputado e chefe de 
bancada da VP, Sergio Vergara, e do chefe do meu gabinete, o advogado Roberto Marrero, mantidos 
sequestrados no local”, escreveu.

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