Em comemoração aos 20 anos da cerimônia de posse do ex-presidente Hugo Chávez, milhares
de venezuelanos foram às ruas das principais cidades do país em defesa da democracia,
Maduro condenou o golpismo da oposição e falou em adiantar eleições legislativas.
Em comemoração aos 20 anos da posse do ex-presidente Hugo Chávez em 1999, que marcou o
início da chamada Revolução Bolivariana, o povo venezuelano foi às ruas neste sábado (02/02) em
várias cidades do país para defender o mandato de Nicolás Maduro e protestar contra a tentativa de
golpe de Estado na Venezuela.
Em Caracas, Maduro discursou para milhares de pessoas que se concentravam na Av. Bolívar, uma
das principais vias da capital. O mandatário condenou as manobras políticas da oposição e afirmou
que está disposto a convocar novas eleições legislativas.
Se dirigindo à oposição, o presidente disse que "se vocês querem, nós também queremos". Maduro
Se dirigindo à oposição, o presidente disse que "se vocês querem, nós também queremos". Maduro
ainda encarregou o presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Diosdado Cabello, da tarefa de
adiantar a votação parlamentar no país.
"Deixem de chamar à guerra, deixem de chamar à intervenção militar, deixem de apoiar um golpe de
"Deixem de chamar à guerra, deixem de chamar à intervenção militar, deixem de apoiar um golpe de
Estado que já fracassou. Aqui está governando a Revolução, e vamos seguir governando", disse o
mandatário.
O presidente venezuelano também pediu diálogo e disse que a solução para o país se dá através do
O presidente venezuelano também pediu diálogo e disse que a solução para o país se dá através do
trabalho e da produção nacional.
"O dia que quiserem, onde quiserem, como quiserem, estou pronto para falar e para facilitar o
"O dia que quiserem, onde quiserem, como quiserem, estou pronto para falar e para facilitar o
caminho do encontro nacional, para respeitar a Constituição acima de tudo e para colocar uma
agenda nacional de prioridades", afirmou Maduro.
Ainda em seus discurso, o mandatário felicitou as iniciativas dos governos do México, Uruguai e
Bolívia que, ao contrário de outros países da América Latina, não deixaram de reconhecer a
legitimidade do mandato de Maduro e se prontificaram a mediar uma mesa de diálogo entre governo
e oposição.
Tentativa de golpe
No dia 23 de janeiro, durante manifestações em comemoração ao fim da ditadura militar que
Tentativa de golpe
No dia 23 de janeiro, durante manifestações em comemoração ao fim da ditadura militar que
governou o país de 1948 a 1958, o deputado do partido de direita Voluntad Popular e líder da
Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino da Venezuela.
Em uma tentativa de golpe de Estado, Guaidó imediatamente recebeu apoio do governo dos Estados
Em uma tentativa de golpe de Estado, Guaidó imediatamente recebeu apoio do governo dos Estados
Unidos e de outros países como Brasil, Colômbia, Peru e Canadá.
Por sua vez, vários países declararam apoio ao governo legítimo de Nicolás Maduro, reeleito em
Por sua vez, vários países declararam apoio ao governo legítimo de Nicolás Maduro, reeleito em
eleições diretas realizadas em maio de 2018 com mais de 67% dos votos.
Nações como Rússia, China, Irã, Turquia, Cuba, Nicarágua e Bolívia manifestaram seu apoio ao
Nações como Rússia, China, Irã, Turquia, Cuba, Nicarágua e Bolívia manifestaram seu apoio ao
governo de Maduro e condenaram a ingerência externa na Venezuela.
Manifestações da oposiçãoGuaidó convocou manifestações da oposição também para este sábado (02/02). Pelo Twitter, o
Manifestações da oposiçãoGuaidó convocou manifestações da oposição também para este sábado (02/02). Pelo Twitter, o
deputado afirmou que sairia às ruas para "insistir na entrada de ajuda humanitária" no país e pedir a
implementação de um governo de transição.
Mais cedo o general da Força Aérea venezuelana, Francisco Yánez, publicou uma mensagem em
Mais cedo o general da Força Aérea venezuelana, Francisco Yánez, publicou uma mensagem em
suas redes sociais, na qual reconheceu Guaidó como presidente interino do país e ameaçou Maduro.
O alto comando da Força Aérea da Venezuela condenou a declaração e classificou Yánez como
traidor da pátria.
"Indigno o homem de armas que trai o julgamento de fidelidade e lealdade à pátria de [Simón]
"Indigno o homem de armas que trai o julgamento de fidelidade e lealdade à pátria de [Simón]
Bolívar e ao legado do comandante Hugo Chávez e se ajoelha diante de pretensões imperialistas",
afirma comunicado oficial da Força Aérea.
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