sábado, 2 de fevereiro de 2019

Venezuelanos vão às ruas em defesa de Maduro no aniversário da Revolução Bolivariana


Em comemoração aos 20 anos da cerimônia de posse do ex-presidente Hugo Chávez, milhares 
de venezuelanos foram às ruas das principais cidades do país em defesa da democracia,
Maduro condenou o golpismo da oposição e falou em adiantar eleições legislativas.
Em comemoração aos 20 anos da posse do ex-presidente Hugo Chávez em 1999, que marcou o 
início da chamada Revolução Bolivariana, o povo venezuelano foi às ruas neste sábado (02/02) em 
várias cidades do país para defender o mandato de Nicolás Maduro e protestar contra a tentativa de 
golpe de Estado na Venezuela.
Em Caracas, Maduro discursou para milhares de pessoas que se concentravam na Av. Bolívar, uma 
das principais vias da capital. O mandatário condenou as manobras políticas da oposição e afirmou 
que está disposto a convocar novas eleições legislativas.
Se dirigindo à oposição, o presidente disse que "se vocês querem, nós também queremos". Maduro 
ainda encarregou o presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Diosdado Cabello, da tarefa de 
adiantar a votação parlamentar no país.
"Deixem de chamar à guerra, deixem de chamar à intervenção militar, deixem de apoiar um golpe de 
Estado que já fracassou. Aqui está governando a Revolução, e vamos seguir governando", disse o 
mandatário.
O presidente venezuelano também pediu diálogo e disse que a solução para o país se dá através do 
trabalho e da produção nacional.
"O dia que quiserem, onde quiserem, como quiserem, estou pronto para falar e para facilitar o 
caminho do encontro nacional, para respeitar a Constituição acima de tudo e para colocar uma 
agenda nacional de prioridades", afirmou Maduro.
Ainda em seus discurso, o mandatário felicitou as iniciativas dos governos do México, Uruguai e 
Bolívia que, ao contrário de outros países da América Latina, não deixaram de reconhecer a 
legitimidade do mandato de Maduro e se prontificaram a mediar uma mesa de diálogo entre governo 
e oposição.
Tentativa de golpe
No dia 23 de janeiro, durante manifestações em comemoração ao fim da ditadura militar que 
governou o país de 1948 a 1958, o deputado do partido de direita Voluntad Popular e líder da 
Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino da Venezuela.
Em uma tentativa de golpe de Estado, Guaidó imediatamente recebeu apoio do governo dos Estados 
Unidos e de outros países como Brasil, Colômbia, Peru e Canadá.
Por sua vez, vários países declararam apoio ao governo legítimo de Nicolás Maduro, reeleito em 
eleições diretas realizadas em maio de 2018 com mais de 67% dos votos.
Nações como Rússia, China, Irã, Turquia, Cuba, Nicarágua e Bolívia manifestaram seu apoio ao 
governo de Maduro e condenaram a ingerência externa na Venezuela.
Manifestações da oposiçãoGuaidó convocou manifestações da oposição também para este sábado (02/02). Pelo Twitter, o 
deputado afirmou que sairia às ruas para "insistir na entrada de ajuda humanitária" no país e pedir a 
implementação de um governo de transição.
Mais cedo o general da Força Aérea venezuelana, Francisco Yánez, publicou uma mensagem em 
suas redes sociais, na qual reconheceu Guaidó como presidente interino do país e ameaçou Maduro.
O alto comando da Força Aérea da Venezuela condenou a declaração e classificou Yánez como 
traidor da pátria.
"Indigno o homem de armas que trai o julgamento de fidelidade e lealdade à pátria de [Simón] 
Bolívar e ao legado do comandante Hugo Chávez e se ajoelha diante de pretensões imperialistas", 
afirma comunicado oficial da Força Aérea.

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