domingo, 3 de fevereiro de 2019

MILICOS INTERVÊM NO ITAMARATY PARA TUTELAR CHANCELER ALOPRADO

O chanceler Ernesto Araújo, que jamais chefiou uma missão diplomática e foi indicado pelo 
astrólogo Olavo de Carvalho, não pode fazer mais nada, sem aprovação prévia da junta militar 
que governa informalmente o País; a gota d'água foi o anúncio do fim da cooperação militar 
entre Brasil e Venezuela; os militares também ficaram irritados com falas sobre temas como 
base dos Estados Unidos no Brasil e a embaixada em Jerusalém – tema este que já provocou a 
suspensão de importações de países árabes e prejuízos seríssimos ao agronegócio; demissão foi 
sugerida e só não ocorreu para evitar danos de imagem.
'Governo de incapazes', diz 
Haddad sobre intervenção 
branca no Itamaraty
O ex-ministro da Educação e candidato do
PT à Presidência da República em 2018,
Fernando Haddad (PT), utilizou sua conta
no Twitter para criticar a intervenção
branca feita pelos militares junto ao
Itamaraty decorrente da inépcia do chanceler
Ernesto Araújo, que jamais chefiou uma
missão diplomática e foi indicado para o cargo pelo astrólogo Olavo de Carvalho. "Um governo de incapazes: 'Após
crise, Itamaraty está sob tutela de militares do governo'", postou em referência ao caso
revelado pela imprensa
247 – "A ala militar do governo promoveu uma espécie de intervenção branca no Itamaraty,
tutelando os movimentos do chanceler Ernesto Araújo sobre temas considerados sensíveis —crise
na Venezuela à frente", informa o jornalista Igor Gielow, em reportagem publicada na Folha de S.
Paulo.
Isso significa que o diplomata Araújo, que jamais chefiou uma missão diplomática e foi indicado
pelo astrólogo Olavo de Carvalho, não pode fazer mais nada, sem aprovação prévia da junta
militar que governa informalmente o País.
A gota d'água foi o anúncio do fim da cooperação militar entre Brasil e Venezuela. "A ala militar
do governo promoveu uma espécie de intervenção branca no Itamaraty, tutelando os movimentos
do chanceler Ernesto Araújo sobre temas considerados sensíveis —crise na Venezuela à frente",
diz Gielow. "No dia 4 de janeiro, Araújo participou de reunião no Peru do Grupo de Lima, que
reúne 14 países para discutir a situação política venezuelana. Quando o documento foi divulgado,
militares ligados à área de inteligência ficaram de cabelo em pé com o item 'D' das providências
anunciadas: 'Suspender a cooperação militar com o regime de Nicolás Maduro', dizia o texto. Só
que Araújo não consultou a área militar sobre isso. E é justamente a cooperação com as Forças
Armadas venezuelanas que mantém o Brasil minimamente informado", aponta a reportagem.
Os militares também ficaram irritados com falas sobre temas como base dos Estados Unidos no
Brasil e a embaixada em Jerusalém – tema este que já provocou a suspensão de importações de
países árabes e prejuízos seríssimos ao agronegócio.
"No caso da Venezuela, alguns oficiais sugeriram que Araújo fosse demitido. Outros ponderaram
sobre o dano de imagem que tal queda geraria e sugeriram que ele se consultasse mais com os
ministros egressos da área militar", informa o jornalista.

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