Há um aspecto na carreira de Ricardo Vélez Rodríguez, ministro da Educação do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro, que foi ocultado de seu currículo oficial. Assim como o mestre do ministro, Olavo de Carvalho, foi astrólogo antes de ser considerado “filósofo”, Vélez também exerceu outra atividade além da carreira como professor: cantou boleros na noite carioca.
É o próprio ministro quem conta, num artigo de 2015, como se aventurou no canto por influência do pai, Alfonso, pintor e apreciador de música clássica. “Don Alfonso cultivava também o bel canto. Tomava aulas com o professor italiano Matias Morro. Eu e os meus irmãos gostávamos de acompanhá-lo nessas aulas e ríamos muito quando o casmurro professor lhe passava carraspanas, ao se desafinar na execução de árias ou nos corriqueiros exercícios de aquecimento da voz. A sua voz era bela, de tenor, e diziam os entendidos que se assemelhava à do cantor espanhol Alfredo Krause”, contou o então professor da Universidade Positivo, em Londrina-PR.
“Anos mais tarde, já morando em Juiz de Fora, decidi tomar aulas de canto por conselho de um amigo médico que cantava em festas. As aulas de canto melhoraram muito a minha capacidade de dicção e serviram para evitar os problemas de voz que corriqueiramente afetam os professores. Afinal, nós e os camelôs exigimos muito das nossas cordas vocais. Não cheguei ao desempenho do meu pai no bel canto”, confessa Vélez Rodríguez.
Mesmo reconhecendo cantar mal, o futuro ministro da Educação do Brasil se apresentou cantando boleros em seu idioma natal no bar “Sobre as Ondas”, na lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio, em 1999, com Eduardo Tagliati, já falecido, ao piano. “Tive a grata surpresa de ver, na plateia, na primeira fila, o apresentador e humorista Miéle”, gabou-se.
Em 2007, Vélez Rodríguez se “atreveu” a gravar um CD acompanhado de Tagliati, Edyr Kegele na percussão e a musicista Tâmara Lorenzetto nos vocais. O título: “Paixão Latina”. No repertório, “canções colombianas, algumas francesas como La Vie En Rose de Edith Piaf e várias do compositor cubano Ernesto Lecuona, dentre as quais Siboney e Maria La O. Tive muitas satisfações ao compartilhar esse CD com os meus alunos e com familiares e amigos”. Será que eles tiveram a mesma satisfação?
É o próprio ministro quem conta, num artigo de 2015, como se aventurou no canto por influência do pai, Alfonso, pintor e apreciador de música clássica. “Don Alfonso cultivava também o bel canto. Tomava aulas com o professor italiano Matias Morro. Eu e os meus irmãos gostávamos de acompanhá-lo nessas aulas e ríamos muito quando o casmurro professor lhe passava carraspanas, ao se desafinar na execução de árias ou nos corriqueiros exercícios de aquecimento da voz. A sua voz era bela, de tenor, e diziam os entendidos que se assemelhava à do cantor espanhol Alfredo Krause”, contou o então professor da Universidade Positivo, em Londrina-PR.
“Anos mais tarde, já morando em Juiz de Fora, decidi tomar aulas de canto por conselho de um amigo médico que cantava em festas. As aulas de canto melhoraram muito a minha capacidade de dicção e serviram para evitar os problemas de voz que corriqueiramente afetam os professores. Afinal, nós e os camelôs exigimos muito das nossas cordas vocais. Não cheguei ao desempenho do meu pai no bel canto”, confessa Vélez Rodríguez.
Mesmo reconhecendo cantar mal, o futuro ministro da Educação do Brasil se apresentou cantando boleros em seu idioma natal no bar “Sobre as Ondas”, na lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio, em 1999, com Eduardo Tagliati, já falecido, ao piano. “Tive a grata surpresa de ver, na plateia, na primeira fila, o apresentador e humorista Miéle”, gabou-se.
Em 2007, Vélez Rodríguez se “atreveu” a gravar um CD acompanhado de Tagliati, Edyr Kegele na percussão e a musicista Tâmara Lorenzetto nos vocais. O título: “Paixão Latina”. No repertório, “canções colombianas, algumas francesas como La Vie En Rose de Edith Piaf e várias do compositor cubano Ernesto Lecuona, dentre as quais Siboney e Maria La O. Tive muitas satisfações ao compartilhar esse CD com os meus alunos e com familiares e amigos”. Será que eles tiveram a mesma satisfação?
Fato é que o CD não consta no currículo oficial do ministro divulgado por Eduardo Bolsonaro no facebook. Ele preferiu se ater aos livros e artigos.
Na contracapa do CD, para combinar com o título romântico, Vélez Rodríguez dedica o trabalho a suas “mulheres avulsas”: “Para minhas mulheres avulsas: Maria Lúcia, que não é a mãe da minha filha Vitória, que não é mãe da minha neta Luíza”.
A CONTRACAPA DO CD
Ouça abaixo, com exclusividade, o ministro da Educação espancando Nostalgias, de Juan Carlos Cobián e Enrique Cadícamo, inspirado na vida de Carlos Gardel; assassinando La Vie En Rose, imortalizada na voz de Edith Piaf, e destroçando o clássico tango Mi Buenos Aires Querido, de Gardel e Alfredo Le Pera
OUÇA AQUI
A CONTRACAPA DO CD
Ouça abaixo, com exclusividade, o ministro da Educação espancando Nostalgias, de Juan Carlos Cobián e Enrique Cadícamo, inspirado na vida de Carlos Gardel; assassinando La Vie En Rose, imortalizada na voz de Edith Piaf, e destroçando o clássico tango Mi Buenos Aires Querido, de Gardel e Alfredo Le Pera
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