Foto: Erik. Data: 6/01/2019
Santarém: cidade do Turismo ou de portos?
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Santarém não tem porto para desembarcar gente. Mas tem para transportar soja. Esse único terminal
de desembarque de grão está no meio da cidade, e a cada ano o congestionamento de navios e
grandes balsas aumenta no rio Tapajós.
O que fica para a população local? Para que um porto dentro da cidade? Já não é chegado a hora da
Cargill sair da Vera Paz? Temos outras áreas fora da cidade com calado e muito melhores condições
portuárias que a frente de Santarém.
Está valendo a pena sermos só corredor de exportação sem nenhuma verticalização da matéria prima
que por aqui passa? Muitas pessoas que caminham na orla de Santarém reclamam de processo
alérgico ao respirarem o pó de soja.
Vários moradores de bairros próximos alugaram ou venderam suas casas, pois já não aguentam mais
remover poeira contaminada vinda do terminal. Estamos gastando mais de 70 milhões de reais para
construir uma orla, onde o cidadão Santareno vai fazer sua caminhada e respirar agrotóxico!
Enquanto grandes cidades como Belém querem se livrar de portos na orla da cidade, Santarém tem
uma política de atração de grandes investimentos que muito levam e pouco deixam. Investimentos
que só reduzem a qualidade de vida dos seus munícipes.
A soja é incompatível com o turismo. A floresta desaparece a passos largos e o rio que era largo fica
cada vez mais estreito. Estacionamento concorrido de balsas, comboios e navios.
Mas, o pior estar por vir: A Zona Portuária do Maicá!
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