sábado, 5 de janeiro de 2019

PISTOLEIROS ESTREIAM 2019 COM O PRIMEIRO ASSASSINATO POR CONFLITOS AGRÁRIOS NO MT


O Fórum de Direitos Humanos e da Terra de Mato Grosso (FDHT-MT) e a CPT denunciou 
que o trabalhador rural identificado como Eliseu Queres foi assassinado na madrugada deste 
sábado (5), dentro da Fazenda Agropecuária Bauru, conhecida como Fazenda Magali, no 
município de Colniza, Mato Grosso. O conflito deixou outras nove pessoas feridas, três delas 
em estado grave; na região, 200 famílias vivem sob a mira de cerca de 30 pistoleiros.
O trabalhador rural identificado como Eliseu Queres foi assassinado na madrugada deste sábado (5), 
dentro da Fazenda Agropecuária Bauru, conhecida como Fazenda Magali, no município de Colniza, 
Mato Grosso. O conflito deixou outras nove pessoas feridas, três delas em estado grave. Foi o 
primeiro assassinato registrado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), em 2019, por conflitos no 
campo.
A possibilidade do crime foi anunciada e denunciada pelo Fórum de Direitos Humanos e da Terra de 
Mato Grosso (FDHT-MT) e pela CPT no estado, no dia 1 de novembro de 2018. Em nota, as 
entidades alertavam para o eminente conflito na região, onde 200 famílias reivindicam o direito à 
terra e viviam sob a mira de cerca de 30 pistoleiros.
"Das quase 200 famílias que lá estão sob a mira dos pistoleiros na Fazenda Agropecuária Bauru, 
algumas são posseiras, outras compraram o direito de estar na terra, e já moram em seus lotes há 
algum tempo. Produzem e criam animais. São pessoas que apostaram no sonho de construir uma 
vida com o suor do trabalho. Não podemos deixar que mais um massacre aconteça, que mais uma 
violência aconteça a estas pessoas que já nasceram vulneráveis e que, por sua condição de pobreza, 
já nasceram em estado de exceção", alertaram as entidades naquela data.
De acordo com testemunhas do conflito ocorrido nesta madrugada, o ataque aconteceu no momento 
em que algumas pessoas que ocupam a área da fazenda pegavam água na beira do rio Traíra, que é 
próximo ao acampamento onde estão as famílias. A CPT e o FDHT-MT estão acompanhando o caso. 
A expectativa é de agravamento dos conflitos na região.
Confira a íntegra da matéria na Rede Brasil Atual.

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