quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

MINISTRO FICHA SUJA DO MEIO AMBIENTE SUSPENDE CONTRATOS COM ONG'S


Pelos próximos 90 dias, o Ministério do Meio Ambiente, comandado por Ricardo Salles, 
suspendeu todos os convênios e parcerias da pasta e autarquias com organizações não 
governamentais; o órgão determinou um levantamento das despesas; a medida envolve 
parcerias e contratos dos distintos fundos do ministério com o terceiro setorPor Agência Brasil
Pelos próximos 90 dias, o Ministério do Meio Ambiente suspendeu todos os convênios e parcerias da 
pasta e autarquias com organizações não governamentais. O órgão determinou um levantamento das 
despesas.
A medida envolve parcerias e contratos dos distintos fundos do ministério com o terceiro setor. A 
ordem se estende aos convênios, acordos de cooperação, atos e projetos.
Em nota, divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente, a assessoria informa que ocorrerá avaliação 
e ajustes dos contratos que “tenham condições de ter continuidade”.
“O diagnóstico permitirá a avaliação daqueles que tenham condições de ter continuidade, bem como 
dos que eventualmente mereçam reparos. A Medida Provisória 870, que estabelece a organização 
básica dos órgãos da Presidência da República e dos ministérios, também tornou necessário esse 
reexame.”
O texto informa também que na análise "serão examinados condições, prazos e volumes dos acordos 
pactuados”.
SUSPENSÃO DE CONTRATOS COM ONGS 
PODE TRAZER DANOS IRREVERSÍVEIS
A jornalista da Globo Miriam Leitão criticou nesta quarta-feira 16, durante comentário no Bom Dia 
Brasil, a suspensão de contratos com todas as ONGs pelo Ministério do Meio Ambiente por um 
período de três meses. Para ela, a decisão deve acarretar em uma "paralisação geral" dos trabalhos, 
com possíveis "danos irreversíveis".
Ela lembra que diversas organizações não usam dinheiro do governo, mas sim recursos 
internacionais, como o do Fundo Amazônia, que é mantido pela Noruega, e que executam trabalhos, 
na verdade, como apoio a políticas do governo.
Miriam, que conversou com o ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, informou que todos os 
contratos passarão pela mesa dele, que olhará caso a caso pessoalmente, tornando o processo de 
verificação ainda mais complicado, uma vez que demandará mais tempo para a revisão.
"É muito perigoso o que está acontecendo. Normalmente, uma decisão assim de 'vamos suspender 
tudo', como aconteceu na Casa Civil, que demitiu 320, produz paralisia decisória e riscos 
permanentes", alertou.

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