quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

NASSIF RIDICULIZA A ABERTURA DA "CAIXA PRETA DO BNDES"


Como será aberta a caixa preta do BNDES
Luis Nassif
Na campanha, Bolsonaro prometeu abrir a caixa preta do BNDES (Banco Nacional do 
Desenvolvimento Econômico e Social). E exigiu o cumprimento da promessa pelo novo presidente 
do banco, Joaquim Levy.
Daqui a alguns dias, Levy entregará o prometido, de forma organizada, transparente, deixando 
Bolsonaro, os generais Heleno e Mourão, e a torcida do Flamengo espantados com o detalhamento 
das operações.
Vamos escolher um grande grupo nacional, a Gerdau, por exemplo.
No sistema que Levy irá apresentar aos iluminados do Planalto, haverá uma tela inicial, onde colocar 
o nome do grupo.
No caso da Gerdau, haverá 7 projetos financiados.
Clicando em qualquer um deles, o primeiro, por exemplo, Bolsonaro irá para a segunda tela:
Três tipos de financiamento, portanto. Clicando no primeiro deles, se abrirá mais uma camada da 
caixa preta.

Na nova tela, 11 caixas pretas adicionais a serem abertas. Clicando na primeira, se verá na tela 
seguinte:



Há muito mais dados nessas caixas pretas. Por exemplo, o número de empregos gerados, o volume 
de impostos pagos, o impacto sobre o desenvolvimento regional. Mas Bolsonaro não se importa com 
esses detalhes. Eles quer saber dos dados de financiamento à exportação, inclusive de serviços de 
engenharia, que o douto Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, considerou operação 
criminosa.
Ali, verá os nomes suspeitos de Angola, Cuba, Moçambique, antes que a Lava Jato destruísse o 
potencial de exportação da engenharia nacional.
Clicando em Angola, por exemplo, se verá a relação de obras financiadas:


Clicando em qualquer linha se terá, alvíssaras!, todos os dados do contrato (clique aqui).
E aí, serão abertas todas as caixas pretas do BNDES.
Aliás, quem quiser saber antecipadamente o que Joaquim Levy oferecerá a Bolsonaro, basta ir ao 
portal de Transparência do banco - http://www.bndes.gov/transparencia -, pois esses dados são 
públicos há muito tempo.
Mas como, hoje em dia, há a obrigação de levar carne fresca para os ogros que assumiram a 
Esplanada, o bravo Levy terá o trabalho apenas de organizar os financiamentos por ordem de valor. 
E, depois, ficar rezando que para a ignorância bruta da turma se contente com essas iguarias e não 
descubra que não existe caixa preta no BNDES.

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