quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

“EU VOU FALAR UM POUCO MAIS DE 6 MINUTOS, DIZ HADDAD EM LISBOA RIDICULIZANDO BOLSONARO


“O Brasil nunca foi tão mal representado num fórum internacional. Ele mal conseguia falar o 

que tinha ido dizer”, disse ainda Haddad.
O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, antes de se pronunciar no debate Democracia e perda
de direitos no Brasil, nesta terça-feira (23), na Casa do Alentejo, em Lisboa, ironizou o discurso do 
presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial, em Davos:
“Eu vou falar um pouco mais de seis minutos. É o padrão estabelecido pela Presidência da República 
atual”, disse Haddad, seguido de risos e aplausos.
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Durante a sua fala, Haddad disse que o governo de Jair Bolsonaro pode ser avaliado pelo discurso 
feito pelo atual presidente da República em Davos, Suíça, no Fórum Econômico Mundial.
“(Fora do país) as pessoas estão perplexas em relação ao Brasil. Há uma discrepância entre o que é 
veiculado pela imprensa no Brasil e o que é veiculado fora. Basta ver a repercussão do discurso de 
Davos hoje, na imprensa internacional e na local. Na imprensa local, estamos quase diante do 
discurso de um estadista”, ironizou. “Na imprensa internacional, a frustração é enorme. O Brasil 
nunca foi tão mal representado num fórum internacional. Ele mal conseguia falar o que tinha ido 
dizer.”
Em outro momento, acrescentou: “Não temos meios de comunicação imparciais que tenham 
compromisso com a verdade a todo custo. A maioria dos meios de comunicação são laudatórios do 
feira (22) em Davos, na Suíça, soou como um verdadeiro fiasco. No final da plenária em que o 
presidente brasileiro discursou, a principal crítica veio de ninguém menos que o prêmio Nobel de 
Economia em 2013, Robert Shiller, considerado um dos maiores economistas do mundo.
“Ele me dá medo. O Brasil é um país grande e merece alguém melhor”, disse o economista a um 
repórter do jornal Valor, para a decepção da comitiva brasileira, já que Bolsonaro reforçou em seu 
discurso o interesse em atrair investidores para o país.

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