Na Rede Brasil Atual
“Ora, sou um ser humano, portanto, não sou perfeito.” As palavras são do deputado federal Onyx
Lorenzoni (DEM-RS), ventilado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) como seu futuro
ministro da Casa Civil. O parlamentar proferiu a frase em maio de 2017, quando admitiu ter recebido
R$ 100 mil, fruto de corrupção, da JBS, depois de seu nome aparecer na delação dos controladores
da empresa, Joesley e Wesley Batista.
O apontamento do deputado foi alvo de críticas mesmo de apoiadores da extrema-direita de
Bolsonaro. Lorenzoni é ligado a pautas ruralistas e membro da chamada bancada da bala. Apoiou o
governo de Michel Temer (MDB), votando a favor de pautas como reforma trabalhista e do Ensino
Médio. Começou sua carreira política no Sindicato dos Médicos Veterinários e foi eleito pela
primeira vez deputado em 2003, passando pelo PL, PFL e DEM.
Se nada mudar, agora ele deve trabalhar, a partir de janeiro, no Palácio do Planalto neste que é um
Se nada mudar, agora ele deve trabalhar, a partir de janeiro, no Palácio do Planalto neste que é um
dos mais importantes ministérios. Será responsável por acompanhar as demais pastas, articular
relações com o Congresso, coordenar balanços de ações governamentais, auxiliar na tomada de
decisões do presidente e nomear e exonerar funcionários.
Antes mesmo da eleição de Bolsonaro, Lorenzoni deu uma declaração de que demitiria 25 mil
funcionários comissionados que estariam sob sua alçada. Entretanto, descobriu que existem menos
de 23 mil, e reduziu a cifra para 20 mil.
Em 2014, teve sua candidatura financiada pelas duas grandes empresas da indústria armamentista
brasileira, a Taurus e a CBC. São empresas que estão vendo suas ações no mercado dispararem com
a escalada de Bolsonaro.
A formação do gabinete de Bolsonaro ainda é incerta. Pelas redes sociais, ele disse hoje (31) que não
vai “nomear condenados por corrupção” e disse que existem “especulações maldosas”. Para o
cientista político Humberto Dantas, Lorenzoni já é do time, mesmo acusado de corrupção.
“As mídias (que denunciam a corrupção dos aliados de Bolsonaro) não são de esquerda, como
“As mídias (que denunciam a corrupção dos aliados de Bolsonaro) não são de esquerda, como
acusariam alguns, as notícias não são falsas e a paciência que deve dar um voto de confiança ao novo
presidente não condiz com o ódio de discursos eleitorais de seus eleitores e intolerância relevante
com a corrupção”, observou Dantas.
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