Oxfam: Ponte para o Futuro jogou o Brasil entre os miseráveis da Terra
Relatório da Oxfam Brasil revela que a redução na desigualdade de renda estancou pela primeira vez
em 15 anos. O documento atribuiu a piora a uma série de limitações econômicas, em particular à
recessão, ao aumento do desemprego e à crise nas contas dos governos, que limita o fôlego de
políticas públicas voltadas aos mais pobres e ao investimento.
De acordo com a ONG, a desigualdade de renda domiciliar per capita, medida pelo Índice de Gini,
permaneceu inalterada entre 2016 e o ano passado, interrompendo um processo de queda iniciado em
2002. O relatório utiliza os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do
IBGE.
Consequência disso, o Brasil passou de 10º para o 9º mais desigual do mundo em uma lista de 189
Consequência disso, o Brasil passou de 10º para o 9º mais desigual do mundo em uma lista de 189
países, segundo o relatório do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), que
também usa o Índice de Gini.
Nesse período, houve o aumento da pobreza. Em 2017, o Brasil contava 15 milhões (7,2% da
Nesse período, houve o aumento da pobreza. Em 2017, o Brasil contava 15 milhões (7,2% da
população) de pessoas consideradas pobres pelo Banco Mundial —renda de até US$ 1,9 (R$ 7,3) por
dia. Trata-se de um crescimento de 11% em relação a 2016.
As tendências de aumento da população pobre, do nível de desigualdade de renda do trabalho e do
As tendências de aumento da população pobre, do nível de desigualdade de renda do trabalho e do
índice de mortalidade de infantil são a marca da aguda crise socioeconômica e política iniciada em
2014, diz o relatório.
Para a Oxfam, no entanto, um elemento adicional piora o cenário: o teto de gastos.
A emenda constitucional 95, proposta pelo governo Michel Temer (MDB) e aprovada 2016 para
Para a Oxfam, no entanto, um elemento adicional piora o cenário: o teto de gastos.
A emenda constitucional 95, proposta pelo governo Michel Temer (MDB) e aprovada 2016 para
impedir o aumento das despesas públicas acima da inflação por duas décadas, é considerada uma
"medida extrema" pela entidade.
O estudo defende a revogação do teto mediante o argumento de que a regra, ao longo do tempo, vai
O estudo defende a revogação do teto mediante o argumento de que a regra, ao longo do tempo, vai
comprometer a liberação de recursos para áreas sociais —que têm menor poder de pressão na disputa
por dinheiro público. Assim, no médio e longo prazo, o teto contribuirá para aprofundar a
desigualdade.
O relatório argumenta que a restrição faz com que as despesas sociais compitam entre si e com
O relatório argumenta que a restrição faz com que as despesas sociais compitam entre si e com
outros gastos, como folha de pagamento e investimento. "Seu efeito final é reduzir o tamanho do
gasto público em relação ao PIB, ao mesmo tempo que a população crescerá e envelhecerá."
(...)
Em tempo: leia a íntegra do relatório da Oxfam:
Em tempo²: sem contar que, em 2017, o salário médio pago às mulheres (R$ 1.868) representou
Em tempo: leia a íntegra do relatório da Oxfam:
apenas 77,5% do rendimento pago aos homens (R$ 2410), segundo dados do IBGE.
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