POR FERNANDO BRITO
Para quem não percebeu, o registro: amanhã, ainda que não se formalize imediatamente a aceitação,
por Sérgio Moro, do cargo de “superministro” da Justiça, é a data da fundação do novo estado
policial brasileiro, agora já saindo de sua fase larval para começar a tomar sua forma adulta.
A montagem é cuidadosa: não será só colocar sob um comando incontestável, o de Moro, a Polícia, o
Ministério Público e o poder Judiciário, intimidado, a seu reboque.
Será dar-lhe, também, o COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), o que significa,
Será dar-lhe, também, o COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), o que significa,
na prática, colocar sob seu controle toda a vida econômico-financeira dos cidadãos e das empresas.
“Grampeia-se” assim a intimidade do bolso de todos, posto sob lupa e, como se sabe, “de perto,
ninguém é normal”
A “engenharia” é simples: escolhem-se os “culpados”, então manda-se separar as “provas” as eles
A “engenharia” é simples: escolhem-se os “culpados”, então manda-se separar as “provas” as eles
relativas.
Abre-se, então, a “investigação”.
Com o “devido processo legal” assim invertido, de que ilegalidade se vai reclamar?
PS. Vou voltando a escrever, com dificuldades, do poço de uma dengue impiedosa que, somada à
Abre-se, então, a “investigação”.
Com o “devido processo legal” assim invertido, de que ilegalidade se vai reclamar?
PS. Vou voltando a escrever, com dificuldades, do poço de uma dengue impiedosa que, somada à
derrota da democracia, é de moer qualquer um. Espero voltar aos meus deveres o mais breve
possível, mas não posso deixar de apontar que, nesta história do “super-Moro” há mais que uma
jogada de propaganda: há a cooptação da Justiça e um laço que amarra o resto de autonomia que se
poderia esperar do Supremo.
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