Documento idealizado pelo general Hamilton Mourão, vice de Jair Bolsonaro, mas preparado
pelo presidente em exercício do Clube Militar, general Eduardo José Barbosa, defende
restrições ao direito de greve e à licença maternidade, o fim das cotas nas universidades e do
regime de estabilidade dos servidores, assim como a privatização; texto é considerado a 'bíblia'
dos militares que rodeiam o candidato do PSL
247 – Com os militares protagonizando as eleições deste ano, um manifesto gestado no Clube Militar
(sediado no Rio de Janeiro) e denominado "Por um Brasil Melhor” explicita um ataque frontal aos
direitos sociais: restrições ao direito de greve e à licença maternidade, o fim das cotas nas
universidades e do regime de estabilidade dos servidores, por exemplo. Ao mesmo tempo, defende
um programa radical de privatizações e o "livre mercado".
O idealizador do documento é presidente licenciado da instituição, general Hamilton Mourão,
O idealizador do documento é presidente licenciado da instituição, general Hamilton Mourão,
candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro, mas foi finalizado e divulgado pelo presidente em
exercício da entidade general Eduardo José Barbosa, no fim do mês de setembro. O texto é
considerado a 'bíblia' dos militares que rodeiam o candidato do PSL. Leia aqui a íntegra do manifesto.
Em entrevista Rodrigo Mattos, do UOL, o general Eduardo José Barbosa, além de defender seu
Em entrevista Rodrigo Mattos, do UOL, o general Eduardo José Barbosa, além de defender seu
manifesto, atacou a esquerda e defendeu a direita: "Vamos falar mais claramente, a esquerda é mais
radical. A esquerda, quando ela é contrariada, se você contrariar, ela vai dizer que você é
antidemocrático, fascista. A direita é contrariada, ela se mantém calada e fica numa boa. Ela se
defende na argumentação".
No caso da licença-maternidade, que considera um privilégio, o general quer a redução imediata de
No caso da licença-maternidade, que considera um privilégio, o general quer a redução imediata de
seu período de quatro meses para um mês. Ele argumentou que o fim da estabilidade para servidores
públicos seria uma defesa da população: “Isso é em termos de que o Estado é para servir a
população.
A estrutura é para servir a população. Não pode ter funcionários que fiquem ali indefinidamente e
não possam ser mandados embora. Tudo bem que passaram no concurso, mas se revelam mal
educados. Sim, o fim da estabilidade. Mas em casos específicos”. Ele não disse quais servidores
ficariam a salvo da mudança.
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