As petroleiras internacionais, que já arremataram parte do petróleo do pré-sal, agora se
apressam para participar da 5ª rodada de leilão que será realizada apenas uma semana antes
da eleição presidencial; estimativa é que os quatro blocos rendam até R$ 180 bilhões em
royalties ao longo de 35 anos; valor, contudo, é considerado irrisório pela Aepet, uma vez que,
em apenas dez anos, o pré-sal já gerou R$ 40 bilhões em participações governamentais,
podendo chegar a R$ 130 bilhões em 2022.
247 - As petroleiras internacionais, que já arremataram parte dos campos de exploração da camada
de petróleo do pré-sal, agora se preparam para participar da 5ª rodada de leilão que será realizada
apenas uma semana antes da eleição presidencial de outubro. A pressa das grandes empresas do setor
tem como justificativa a incerteza política no período pós-eleitoral, uma vez que, dependendo de
quem for eleito, as regras impostas pelo governo Michel Temer e que abriram o mercado para o
capital internacional em detrimento da Petrobrás podem ser revistas ou até suspensas.
E os interesses são altos. Segundo a Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP), a estimativa
é que os quatro blocos que serão colocados à venda rendam até R$ 180 bilhões em royalties, tributos
e participações especiais ao longo dos 35 anos de contrato. O valor, contudo, é considerado irrisório
pela Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) uma vez que, segundo dados da associação,
desde que foi descoberto, em apenas dez anos o petróleo da camada do pré-sal já gerou R$ 40
bilhões em participações governamentais, podendo chegar a R$ 130 bilhões em 2022.
A afoiteza das multinacionais pelo petróleo brasileiro também pode ser explicada por dois fatores:
um deles é a cotação do barril no mercado internacional, próxima de US$ 80. O outro é o baixo custo
de produção, próximo dos US$ 7 por barril equivalente, valor praticamente semelhante ao registrado
pelos campos de petróleo convencionais do Oriente Médio.
Além disso, as empresas também vêm reforçando o caixa visando o leilão de cessão onerosa, pelo
Além disso, as empresas também vêm reforçando o caixa visando o leilão de cessão onerosa, pelo
qual a Petrobrás adquiriu o direito de exploração de 5 bilhões de barris do de petróleo do pré-sal e
cujo excedente será vendido às grandes petroleiras do setor, que acabou adiado para o próximo ano.
Ao todo, 12 empresas estão habilitadas a participarem do leilão da 5ª rodada do pré-sal. Com
Ao todo, 12 empresas estão habilitadas a participarem do leilão da 5ª rodada do pré-sal. Com
participação de companhias chinesas, britânicas, norueguesas, norte-americanas, dentre outras, a
expectativa é que o a União arrecade até R$ 6,82 bilhões, por meio do bônus de assinatura, que é
fixo em função do regime de partilha. Estão sendo ofertados os blocos de Saturno, Titã e Pau Brasil,
todos na Bacia de Santos, e o de Sudoeste de Tartaruga Verde, na Bacia de Campos. A estimativa é
que estes quatro campos possuam reservas recuperáveis de até 5 bilhões de barris.
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