A força do “ele, não” e o caminho para Haddad
POR FERNANDO BRITO
Não precisa ser especialista em marketing eleitoral para ver o que significa o dado ressaltado hoje,
Não precisa ser especialista em marketing eleitoral para ver o que significa o dado ressaltado hoje,
em manchete, por O Globo: “Entre as mulheres, 51% ainda estão sem candidato a presidente“,
quando a resposta é espontânea. Idem na estimulada: 22% entre as mulheres contra 12% entre os
homens, na soma de “não sabe” + “brancos e nulos”.
Nada diferente do que foi registrado aqui como o que procurava o programa eleitoral de Haddad no
sábado.
Era a fraqueza que, embora endógena a um candidato que se apresenta como “a alvorada do macho”,
Era a fraqueza que, embora endógena a um candidato que se apresenta como “a alvorada do macho”,
Jair Bolsonaro procurava compensar até com vídeos fake, produzido com imagens que se vendem
por uns trocados na internet.
Procurava, mas foi atropelado pelas patas de seu vice, Hamilton Mourão, que classificou os lares
mantidos por mães e avós como “fábrica de desajustados”.
Então, embora com uma origem de classe média – mas com potencial de permear a sociedade,
Então, embora com uma origem de classe média – mas com potencial de permear a sociedade,
inclusive por conta da adesão de personagens populares – veio o “ele, não”.
Vai se configurando, por conta da fraqueza dos demais candidatos e pelo perfil pessoal de Fernando
Vai se configurando, por conta da fraqueza dos demais candidatos e pelo perfil pessoal de Fernando
Haddad um outro fator, além do imenso fator Lula, a favor do candidatura petista, que já se apontara
aqui: um “voto útil feminino”.
E não só delas.
E não só delas.
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