quinta-feira, 27 de setembro de 2018

MADURO CITA IRAQUE E ACUSA TRUMP DE PERSEGUIÇÃO E DIZ QUE EUA BUSCAM DESCULPA PARA INVADIR VENEZUELA


Durante seu discurso na 73ª Assembleia Geral da ONU o presidente da Venezuela, Nicolás 
Maduro, denunciou os EUA, mas afirmou que está disposto a encontrar-se com Donald 
Trump. "Nosso país está acossado, agredido. Ontem, neste mesmo lugar, o presidente dos 
Estados Unidos da América falou mais uma vez contra o nosso nobre povo da Venezuela, 
defendeu […] a doutrina Monroe [América para os americanos]", afirmou Maduro.

Agência EFE - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta quarta-feira que a crise 
humanitária vivida por seu país está sendo usada como uma desculpa pelos Estados Unidos para 
justificar uma intervenção militar internacional seguindo "o mesmo esquema das armas de destruição 
em massa no Iraque".
Em discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, Maduro citou o país árabe como 
exemplo lembrando que foi invadido em 2003 pelos EUA depois que o então governo George W. 
Bush alegou que o regime de Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa.
"Construiu-se na mídia um expediente contra nosso país para simular uma crise humanitária que 
utilize os conceitos das Nações Unidas para uma intervenção com uma coalizão de países liderada 
pelos Estados Unidos, com o apoio de seus governos satélite", afirmou.
"Fabricou-se por diferentes vias uma crise migratória que cai por seu próprio peso", acrescentou.
O presidente dos EUA, Donald Trump, reiterou hoje na ONU que "todas as opções" estão sobre a 
mesa em relação à crise na Venezuela, em uma clara referência à via militar.
Ontem, Trump chegou a dizer que Maduro "poderia ser derrotado muito rapidamente se os militares 
(venezuelanos) quisessem".
Fontes da Casa Branca afirmaram à Agencia Efe em julho que os EUA nunca planejaram uma 
invasão do país sul-americano, apesar das declarações de Trump sobre a opção militar.
O secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, disse neste mês, 
durante uma visita à Colômbia, que não se podia descartar uma intervenção militar contra o governo 
Maduro, mas depois alegou ter sido mal interpretado.
Após as declarações de Almagro, o Grupo de Lima, que engloba países latino-americanos que 
consideram que houve uma ruptura da ordem democrática na Venezuela, divulgou um comunicado 
no qual rejeitava qualquer intervenção militar no país.

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