terça-feira, 18 de setembro de 2018

CIRO: “O BRASIL ESTÁ SOB GOLPE E ISTO FERE A LEGITIMIDADE DAS PRIVATIZAÇÕES"


Sobre o empurrão que deu em um jornalista em Roraima Ciro disse que não tem “sangue de 
barata”: “Eu falo palavrões. Em legítima defesa eu falo palavrões"

Ciro Gomes, candidato do PDT à sucessão presidencial, disse em entrevista ao Jornal da Globo, na
noite desta segunda-feira (17), que pretende, caso eleito, cancelar a fusão da Embraer com a Boeing, 
além de anular os leilões de poços de petróleo e a reforma trabalhista por serem medidas tomadas em 
um estado de exceção. “Para mim, o Brasil está sob um golpe de estado, e isso já fere de morte a 
legimitidade essas iniciativas”.
Ao ser contestado pela apresentadora, Renata Lo Prete, sobre a suposta “legalidade” do processo que 
destituiu Dilma Rousseff (PT) do poder, Ciro lembrou a instalação da ditadura militar no Brasil e fez 
críticas ao Judiciário. “O impeachment da Dilma seguiu todo protocolo legal, igual em 1964. Em 
1964 também existiu todo itinerário protocolar e o Supremo – como já dizia Rui Barbosa, o poder 
que mais tem faltado à República – também coonestou aquele golpe”, disse o pedetista.
Ciro afirmou ainda que alertou o general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército Brasileiro, 
sobre a tentativa de um novo golpe que está sendo tramado pelo candidato a vice-presidente na chapa 
de Jair Bolsonaro (PSL). “Eu anunciei para ele claramente que esse General Mourão está 
escalonando o golpe no Brasil e que eu iria enfrentá-lo. E o General Mourão considera o General 
Villas Boas um amigo irmão”.
O candidato do PDT reafirmou que caso eleito, vai proibir “comandante militar de dar opinião sobre 
política”. “Está escrito na Constituição Brasileira, em todos os regulamentos que chefes militares não 
podem opinar na política. E Deus está me ajudando. No dia seguinte, o presidente do Uruguai 
mandou prender o comandante do Exército, que deu uma opinião sobre um assunto e que inclusive 
era pertinente ao Exército, mas era política. No caso, é próprio um comandante militar num país que 
tem a tradição lamentável que nós temos? É próprio? Vamos raciocinar juntos… É próprio que um 
comandante militar fique tutelando o processo político, coagindo as pessoas a votar por medo? Medo 
de que? Eu não tenho medo deles não”.
Sobre o revide à provocação sofrida em campanha em Roraima pelo jornalista Luiz Nicolas Maciel 
Petri, que trabalha em campanhas do MD e do DEM no estado, Ciro afirmou que não tem sangue de 
barata e que fala palavrões. “Eu não tenho descontrole nenhum. Nunca respondi por um escândalo, 
um mal feito. Aí inventam essa questão. Eu não tenho sangue de barata e nem quero ter. Eu empurrei 
ele e disse vai para a casa do Romero Jucá e falei um palavrão. Eu falo palavrões. Em legítima 
defesa eu falo palavrões”.
Na ocasião, ao ser abordado pelo jornalista, Ciro deu um empurrão e disse: “Vai pra casa do Romero 
Jucá, seu filho da p…, pode tirar esse daqui, esse aqui é do Romero Jucá, tira ele, prende ele aí”.

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