sábado, 11 de agosto de 2018

VARINHA DE CURITIBA E GLOBO GOLPISTA AGORA ABREM TEMPORADA DE CAÇA A HADDAD E DILMA


Dias após o anúncio de que será vice na chapa de Lula, Haddad sente o que virá pela frente 
durante a campanha; no esforço de construir narrativas contra o PT, Globo mira suas armas 
contra o ex-prefeito de São Paulo e também contra a Dilma Rousseff, que lidera isolada 
campanha para o Senado em Minas Gerais.

Por William De Lucca – Cinco dias depois de ter sido oficializado como vice de Lula e eventual 
nome do PT na disputa presidencial, Fernando Haddad entrou na mira da Globo. O ex-prefeito de 
São Paulo ganhou amplo destaque em uma matéria na edição de sexta-feira (10) do Jornal Nacional, 
onde a marqueteira Mônica Moura, em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, acusa Haddad e a 
presidenta Dilma Rousseff (PT) de terem recebidos repasses ilegais de campanha.
Moro ouviu os relatos de Mônica e de outros quatro réus no processo da Operação Lava-Jato, 
incluindo o marido de Mônica, o marqueteiro João Santana. Os dois são acusados de receber 
dinheiro do setor de propinas da Odebrecht.
A marqueteira diz que tratou dos valores diretamente com Dilma, ainda que não tenha apresentado 
provas de que as conversas tenham realmente acontecido. Ela também citou supostos repasses feitos 
para as campanhas para prefeitura de Fernando Haddad e Patrus Ananias, em 2012.
Em nota, o PT e o candidato Fernando Haddad afirmaram que a Lava Jato arma espetáculos de olho 
nas eleições e que, desta vez, foi para criar notícias falsas contra o partido às vésperas do registro 
oficial da candidatura à Presidência da República.
A assessoria de Dilma Rousseff afirmou que ela nunca negociou doações eleitorais ou ordenou 
qualquer pagamento ilegal a prestadores de serviços em campanhas ou fora delas e que as 
declarações de Mônica Moura são mentirosas e descabidas.
Acusação infundada
Os ataques contra a Dilma durante a semana também partiram da Comissão de Valores Mobiliários 
(CVM), que divulgou um factoide contra a presidente deposta, candidata ao Senado por Minas 
Gerais.
Inquérito Administrativo da CVM, iniciado em 2014 e concluído em junho deste ano, responsabiliza 
Dilma e outros ex-membros do Conselho de Administração da Petrobrás no caso da compra da 
refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, realizada pela Petrobrás em 2006. O inquérito pede 
responsabilidade dos membros por ter "faltado com o dever de diligência quando da aprovação da 
aquisição" da refinaria.
Dilma, entretanto, já foi inocentada no caso no Tribunal de Contas da União (TCU).

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