quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Saiba por que o clã Murad/Sarney vai perder a guerra suja que move contra Flávio Dino


Maranhão, nos dicionários, significa grande malandragem, velhacaria em grande escala. 
A impressão que se tem é a de que as tribos Murad/Sarney despendem toda sua energia para 
fazer jus à definição.

O tapetão jurídico que as famílias Murad/Sarney armaram no município de Coroatá não terá efeito 
prático nenhum na campanha eleitoral deste ano. Não há possibilidade de acontecer a mesma coisa 
que se passou com Jackson Lago, que venceu nas urnas e foi retirado do poder pelo grupo de Sarney 
em 2011 após manobra na Justiça. A situação em 2018 é completamente diferente.
Entenda as dez razões por que a sentença da juíza Anelise Reginato, dada a pedido dos Murad, em 
Coroatá, não muda a campanha:
1) A juíza é de primeira instância e não pode declarar a inelegibilidade de um governador de Estado.
2) A sentença é baseada no argumento de que o Governo do Estado levou o programa “Mais 
Asfalto” para Coroatá. A peça não traz nenhum indício de irregularidade.
3) A ação foi pedida por Teresa Murad, mulher de Ricardo Murad (ele é concunhado de Roseana 
ambos são aliados de Sarney). É uma ação política.
4) A juíza Anelise já disse, nas redes sociais, que se “sente em casa” na TV Mirante, de 
propriedade dos Sarney.
5) A mesma juíza é casada com filho do radialista Herbert Fontenele, falecido em 2015, e ex-
funcionário por muitos anos do Sistema Mirante.
6) A juíza apagou a conta do Facebook após essas informações virem à tona.
7) Os Sarney e os Murad ainda têm muito dinheiro e poder, mas já perderam muito dos privilégios 
que tinham. Hoje não comandam mais a Justiça. Uma decisão isolada em Coroatá não será 
respaldada pelos tribunais.
8) Flávio Dino tem muito mais apoio político do que tinha Jackson Lago. Não há possibilidade de 
haver um golpe contra sua candidatura.
9) Flávio Dino lidera todas as pesquisas com 60% dos votos válidos. É um dos mais altos índices 
em todo o país. A população não aceitaria que um tapetão jurídico tirasse o governador da disputa.
10) Flávio Dino vai protocolar nesta quinta-feira (09) o registro da candidatura na Justiça 
Eleitoral, prova de que continua na disputa.

A decisão de Anelise Nogueira Reginato, juíza de primeira instância do Maranhão que posta 
comentários dizendo que se sente em casa na TV Mirante, propriedade da família Sarney, tornando 
inelegível a candidatura do governador do Maranhão Flavio Dino é daquelas coisas que costumamos 
denominar de absurdas e abjetas.
É um atentado à democracia e ao padrão mínimo de republicanismo exigidos de servidores públicos 
que têm poder de decisão. O Judiciário brasileiro se tornou um poder ameaçador. A decisão de 
Anelise, motivada por uma demanda de familiares de Sarney, flerta com o que há de mais sórdido 
nas ditaduras. O Judiciário sendo usado para destruir adversários e reputações.
Mas por que a juíza que se sente em casa na TV Mirante toma esse tipo de decisão sem qualquer 
constrangimento? Porque ela viu o juiz Sergio Moro distribuir um áudio coletado de forma ilegal de 
uma conversa privada de uma presidente da República para um grande meio de comunicação e se 
tornar um herói. Porque ela vê Dallagnols aos montes acusando sem provas sem que nada lhes 
aconteça. Porque ela sabe que a lei não é para todos e que, ao final do mês, ela terá seus vencimentos 
escandalosos caindo na conta da mesma forma, sem correr nenhum tipo de risco.
Há muitos exemplos que poderiam ser citados aqui sobre quão deletéria tem sido a atuação do 
judiciário na democracia brasileira e de como são tratados de forma impune seus membros. Um 
exemplo naturalizado é o de Demóstenes Torres: quando senador, pego em ato explícito de 
corrupção foi cassado, mas manteve os seus proventos do Ministério Público intactos. Como era 
membro do Judiciário a lei não era pra ele.

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