segunda-feira, 6 de agosto de 2018

INTERPOL DÁ UMA BANANA PARA MORO

A agência de investigação internacional acatou pedido da defesa do ex-advogado da 
Odebrecht. A defesa de Duran havia questionado a imparcialidade do juiz federal do Paraná.

O juiz federal de primeira instância Sérgio Moro teve sua credibilidade abalada em escala 
internacional, que o coloca em descrédito perante as polícias de todo o mundo. A Interpol retirou o 
ex-advogado da Odebrecht, Rodrigo Tacla Duran, da lista de procurados da agência por considerar 
que Moro desrespeitou a Declaração Universal de Direitos Humanos.
Em março, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo, o juiz da Lava Jato 
chamou Duran de “mentiroso”. “Tem esse indivíduo, foragido e suspeito de crimes gravíssimos, e 
que levanta essas histórias sem base empírica”, reagiu o juiz ao ser questionado sobre seu compadre, 
Carlos Zucolotto.
Sócio de sua mulher, Rosangela Wolff Moro, o também advogado Zucolotto foi acusado por Tacla 
Duran de "oferecer facilidades" junto ao Ministério Público Federal e ao Poder Judiciário, por meio 
de pagamento de propinas. A afirmação foi feita em novembro passado, durante depoimento de 
Duran, por videoconferência, à CPI da JBS.
A entrevista de Moro foi apresentada à Interpol, que a levou em consideração no acolhimento do 
pedido dos advogados de Duran. O entendimento foi o de que, "diante do comportamento do juiz 
responsável por presidir seu caso no Brasil, dúvidas suficientes têm sido colocadas sobre o fato de 
violação so Artigo 2 da Constituição da Interpol”.
O artigo se refere à necessidade de a instituição promover a cooperação entre as polícias de 
diferentes países, sempre que a Declaração Universal de Direitos Humanos seja respeitada. 
Assista depoimento de Rodrigo Tacla Duran à Comissão de Direitos Humanos da Câmara, sobre a operação Lava Jato, em 5 de junho:

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