Num Brasil governado por Michel Temer e com Geraldo Alckmin blindado após a denúncia de
desvios de R$ 600 milhões no Rodoanel, o Poder Judiciário decidiu atacar o ex-prefeito
Fernando Haddad, atual vice na chapa do ex-presidente Lula. Ele se tornou réu num processo
sobre supostos desvios nas obras das ciclovias, em São Paulo

SÃO PAULO (Reuters) - O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou nesta terça-feira denúncia
contra o candidato a vice-presidente pelo PT, Fernando Haddad, e o tornou réu em uma ação de
improbidade administrativa, informou o Ministério Público estadual paulista.
Candidato a vice-presidente do PT, Fernando Haddad, deixa sede da Polícia Federal em Curitiba
06/08/2018 REUTERS/Rodolfo Buhrer
A ação apura supostas irregularidades nas obras de uma ciclovia no período em que o petista era
prefeito de São Paulo.
Haddad é apontado como substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva caso o petista, que
lidera as pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, seja impedido de disputar a
eleição por conta da Lei da Ficha Limpa.
Lula está preso desde abril em Curitiba cumprindo pena por corrupção e lavagem de dinheiro no
Lula está preso desde abril em Curitiba cumprindo pena por corrupção e lavagem de dinheiro no
caso do tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo. Haddad tem viajado o país em campanha e atuado
como porta-voz e representante de Lula.
Em nota, a assessoria de imprensa do ex-prefeito afirma que o despacho do juiz Kenishi Koyama,
que aceitou a denúncia, afasta a possibilidade de dolo de Haddad.
"O ex-prefeito Fernando Haddad diz que o próprio juiz Kenishi Koyama em seu despacho cita as
medidas tomadas pelo prefeito no âmbito da Controladoria-Geral do Município, por ele criada, como
argumento para afastar qualquer culpa ou dolo. Diz o juiz: 'A criação da CGM dá sinais de que o
mandatário não tinha qualquer intento ilegal'", afirma a nota.
Ações de improbidade administrativa correm na área civil, não na área criminal. Não há pena de
Ações de improbidade administrativa correm na área civil, não na área criminal. Não há pena de
prisão prevista para condenados por improbidade. Entre as penas previstas estão a perda dos direitos
políticos e o pagamento de multa.
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