quarta-feira, 22 de agosto de 2018

COMEÇA A BAIXARIA JUDICIAL CONTRA HADDAD


Num Brasil governado por Michel Temer e com Geraldo Alckmin blindado após a denúncia de 
desvios de R$ 600 milhões no Rodoanel, o Poder Judiciário decidiu atacar o ex-prefeito 
Fernando Haddad, atual vice na chapa do ex-presidente Lula. Ele se tornou réu num processo 
sobre supostos desvios nas obras das ciclovias, em São Paulo

SÃO PAULO (Reuters) - O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou nesta terça-feira denúncia 
contra o candidato a vice-presidente pelo PT, Fernando Haddad, e o tornou réu em uma ação de 
improbidade administrativa, informou o Ministério Público estadual paulista.
Candidato a vice-presidente do PT, Fernando Haddad, deixa sede da Polícia Federal em Curitiba 
06/08/2018 REUTERS/Rodolfo Buhrer
A ação apura supostas irregularidades nas obras de uma ciclovia no período em que o petista era 
prefeito de São Paulo.
Haddad é apontado como substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva caso o petista, que 
lidera as pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, seja impedido de disputar a 
eleição por conta da Lei da Ficha Limpa.
Lula está preso desde abril em Curitiba cumprindo pena por corrupção e lavagem de dinheiro no 
caso do tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo. Haddad tem viajado o país em campanha e atuado 
como porta-voz e representante de Lula.
Em nota, a assessoria de imprensa do ex-prefeito afirma que o despacho do juiz Kenishi Koyama, 
que aceitou a denúncia, afasta a possibilidade de dolo de Haddad.
"O ex-prefeito Fernando Haddad diz que o próprio juiz Kenishi Koyama em seu despacho cita as 
medidas tomadas pelo prefeito no âmbito da Controladoria-Geral do Município, por ele criada, como 
argumento para afastar qualquer culpa ou dolo. Diz o juiz: 'A criação da CGM dá sinais de que o 
mandatário não tinha qualquer intento ilegal'", afirma a nota.
Ações de improbidade administrativa correm na área civil, não na área criminal. Não há pena de 
prisão prevista para condenados por improbidade. Entre as penas previstas estão a perda dos direitos 
políticos e o pagamento de multa.

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