Militares israelienses usam até cachorros com arma de guerra. Israel matou 2.251 palestinos,
dos quais aproximadamente 500 eram crianças
No Ibraspal: Quatro anos após genocídio, Gaza continua na mira israelense
por Lúcia Rodrigues
Quatro anos se passaram desde a pior ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza e os
palestinos continuam na mira israelense.
Só durante as manifestações da Marcha do Retorno, iniciadas no dia 30 de março, Israel já
executou 138 palestinos e feriu mais de 14 mil.
Mas o saldo do ataque israelense contra os moradores da Faixa de Gaza, que se estendeu
de 8 julho de 2014 a 26 de agosto do mesmo ano, foi ainda mais sangrento.
Nas quase três semanas de bombardeios intensos, Israel matou 2.251 palestinos, dos quais
aproximadamente 500 eram crianças, além de ferir mais de 11 mil pessoas, segundo dados
da própria ONU (Organização das Nações Unidas).
Os bombardeios deslocaram aproximadamente 500 mil palestinos. Destes, cerca de 300 mil
foram forçados a se abrigar em escolas da UNRWA (Agência das Nações Unidas de
Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo).
Cerca de 20 mil edifícios foram destruídos nos bombardeios israelenses, incluindo
mesquitas, igrejas, hospitais e escolas.
Somente nas primeiras 48 horas dos ataques, Israel lançou 400 toneladas de bombas sobre
Gaza. A eletricidade, inclusive, dos hospitais foi cortada dificultando o atendimento médico
para milhares de palestinos.
Israel direcionou seu arsenal sobre as áreas civis alegando que ativistas do Hamas estavam
escondidos em casas, escolas e hospitais.
Os militares israelenses também invadiram Gaza por terra para destruir túneis usados para
transferir suprimentos humanitários tão necessários à população sitiada.
A ofensiva israelense contra Gaza provocou indignação na comunidade internacional, que
organizou protestos espalhados pelo mundo em apoio aos palestinos.
Em 2015, a ONU afirmou que Israel cometeu crimes de guerra por direcionar os ataques em
alvos civis.
O relatório apoiou os palestinos na apresentação de uma petição ao Tribunal Penal
Internacional, que ainda não abriu uma investigação.
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