quarta-feira, 4 de julho de 2018

O GOLPISMO NA AMERICA LATINA: PERSEGUIÇÃO JUDICIAL A LULA, CORREA E KIRCHNER É “TRAIÇÃO À DEMOCRACIA E À SOCIEDADE”


A juíza do Equador Daniella Camacho ordenou a prisão preventiva do ex-presidente do país 
Rafael Correa O ex-presidente é ridiculamente acusado SEM PROVAS de envolvimento em 
tentativa de sequestro do ex-deputado de oposição Fernando Balda, na Colômbia, em 2012. 
A prisão preventiva seria o descumprimento de uma medida cautelar para Correa 
comparecesse ao tribunal em Quito nesta segunda. Segundo a Justiça, Correa deve comparecer 
a cada 15 dias, a partir de 2 de julho, no tribunal para prestar esclarecimentos sobre o caso. 

Sputnik - Na terça-feira (3), a Justiça do Equador autorizou a prisão preventiva do ex-presidente 
Rafael Correa. O ex-juiz espanhol Baltasar Garzón compartilhou com a Sputnik sua opinião sobre o 
atual estado da Justiça na América Latina e seu papel na perseguição política.
Acusado pela tentativa de sequestro do ex-deputado opositor Fernando Balda em 2012, Correa está 
repetindo o destino de Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Kirchner.
Para Baltasar Garzón, ex-juiz mundialmente conhecido por pedir a extradição do ex-ditador chileno 
Augusto Pinochet, os casos mencionados até podem ser considerados "uma traição à democracia e à 
sociedade".
"Não se deve utilizar as instituições — e muito menos a Justiça — como armas para tomar parte em 
relação a determinados grupos ou indivíduos", afirmou o juiz iminente à Sputnik Mundo.
Garzón acha muito triste o fato de haver "esta submissão à oportunidade política de mudar", 
especialmente por meio de "investigações conjunturais, sem elementos".
O ex-juiz espanhol acredita que as pessoas devem ter a confiança que quaisquer que seja sua visão 
política, sejam tratadas pela Justiça de modo igualitário, mas por enquanto isso acontece ao contrário.
"Pensávamos que na América Latina isso já havia sido superado, mas se torna preocupante 
novamente. O caso de Lula é paradigmático. O de Cristina e Correa, iguais", ressaltou.
O interlocutor da Sputnik acha que os processos que estão acontecendo na Justiça da América Latina 
são pouco confiáveis e estão, sem dúvida, contaminados e "há certas estruturas transnacionais que 
veem em risco seu poder perante ao fato de poderem voltar a governar pessoas que apoiam os mais 
vulneráveis", opinou.
Segundo Garzón, agora na América do Sul tentam responsabilizar as pessoas sem manchas na 
reputação por todos os males.
"Não acuso ninguém em particular, mas o que eu digo é que temos que fazer uma profunda reflexão 
para poder recuperar o lugar que corresponde ao Poder Judiciário".

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