segunda-feira, 30 de julho de 2018

AGORA O BARBICHA DA LAMA JATO ADMITE QUE DELAÇÃO DE PULHOCCI ERA UM BLEFE


Um dos principais procuradores da Lama Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima, o Barbicha, 
agora admite: a delação premiada de Pulhocci, que a mídia conservadora qualificou 
como "delação do fim do mundo", que seria capaz de "destruir o PT", era um blefe; "Está 
mais para o acordo do fim da picada", afirmou; ele reconhece que há uma guerra entre o 
Ministério Público e a Polícia Federal pelo controle da Lava Jato.

247 - Um dos principais procuradores da Lava Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima (o outro é 
Deltan Dallagnol), agora admite: a delação premiada de Antônio Palocci, que a mídia conservadora 
qualificou como "delação do fim do mundo", que seria capaz de "destruir o PT", era um blefe. Na 
entrevista, concedida à Folha de S.Paulo, ele reconhece que há uma guerra entre o Ministério Público 
e a Polícia Federal pelo controle da Lava Jato.
A delação de Palocci foi fechada pela PF depois da recusa do Ministério Público. Santos Lima 
relatou: "Demoramos meses negociando. Não tinha provas suficientes. Não tinha bons caminhos 
investigativos. Fora isso, qual era a expectativa? De algo, como diz a mídia, do fim do mundo. Está 
mais para o acordo do fim da picada. Essas expectativas não vão se revelar verdadeiras. O instituto é 
o problema? Eu acho que a PF fez esse acordo para provar que tinha poder de fazer".
Ele reconheceu que o caso Palocci foi uma "queda de braço" entre as equipes da PF e do MP e 
atacou a Polícia Federal: "(...) a porta da frente dos acordos sempre será o Ministério Público. A 
porta dos fundos é da PF. As pessoas irão à PF se não tiverem acordo conosco." A declaração revela 
o estado de balbúrdia institucional da Lava Jato.
Na mesma entrevista, ele admitiu também que as delações de Delcídio do Amaral, decisiva para a 
campanha de ódio ao PT, e de Sérgio Machado, tinham graves defeitos: "Quando você faz com 
excesso de rapidez, corre o risco de fazer colaborações mal feitas. Delcídio, na minha opinião, quase 
nem se autoincrimina. A primeira coisa é o colaborador falar os crimes que cometeu. (...) No caso do 
Sérgio Machado, no final das contas, o principal sequer foi denunciado. Aquelas conversas 
supostamente com membros do Congresso e ex-parlamentares, que geraram até pedido de prisão no 
Supremo, sequer movimentaram uma denúncia. Aquela gravação era um bom início de negociação, 
mas não era um fim em si mesma. A gente tem que tomar muito cuidado com excesso de vontade de 
conseguir certos documentos, provas, gravações".
Leia íntegra da entrevista aqui.

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