sábado, 23 de junho de 2018

VOVO ADAMS ARQUIVA PROCESSO QUE ENVOLVE MINISTROS DO STF EM GRAVAÇÃO DE JOESLEY BATISTA


A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, informou, na abertura da 
sessão plenária desta quinta-feira (21), ter determinado a extinção e o arquivamento definitivo da 
investigação aberta, a pedido dela, pela Polícia Federal, para apurar citação a ministros da Corte na 
delação de executivos da empresa JBS, do grupo J&F.
A decisão foi tomada após o diretor-geral da PF, Rogério Galloro, entregar o relatório final das 
investigações à Cármen Lúcia. De acordo com o documento, “não foram encontradas gravações que 
indicassem qualquer participação de ministros do Supremo Tribunal Federal envolvidos e ou citados 
em qualquer ato ilícito”.
Com base no relatório da PF, Cármen Lúcia afirmou que “não houve, não há qualquer dúvida, que 
tenha sido extraída de qualquer documento sobre a conduta de qualquer um ministro do Supremo 
Tribunal Federal naquela e em qualquer outra ocasião que tenha chegado a esta presidência”.
“Esse esclarecimento se faz necessário e a finalização desta investigação é importante porque sobre 
este Supremo Tribunal Federal, que tem o compromisso da guarda da Constituição, que tem como 
um de seus princípios a moralidade pública, não poderia pender qualquer tipo de mais leve dúvida 
sobre a conduta daqueles que compõe, que integram este Supremo Tribunal Federal”, acrescentou a 
ministra.Investigação
No início de setembro do ano passado, Cármen Lúcia pediu ao então diretor-geral da PF Leandro 
Daiello que abrisse uma investigação célere para apurar citações a ministros do Supremo em áudios 
entregues pela JBS para embasar as delações premiadas de Joesley Batista e Ricardo Saud, 
executivos da empresa.
Nos áudios, que tiveram o sigilo retirado pelo ministro Edson Fachin, Batista e Saud conversam 
descontraidamente sobre o temor de uma integrante da equipe de advogados da JBS, que estaria 
preocupada com a possibilidade de a delação dos dois atingir ministros do Supremo.
Logo após a liberação dos áudios, a ministra divulgou nota e, de forma inédita, gravou um vídeo 
dirigindo-se à sociedade brasileira, no qual afirmou que uma investigação seria necessária para não 
haver dúvidas sobre a dignidade dos integrantes do Supremo.

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