terça-feira, 5 de junho de 2018

TACLA DURAN: TODOS PRECISAM CONHECER O LADO OBSCURO DE MORO


"Moro emite opinião contra réu. Isso é pré-julgamento que viola um princípio básico de 
direitos humanos, pois os julgamentos precisam ser técnicos, isentos e imparciais", disse o ex-
advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran em depoimento na Câmara; "O dr. Moro me 
ofendeu em rede nacional, ao vivo, me prejulgou e me condenou. Ele feriu a Lei da 
Magistratura também por não me ouvir como testemunha do presidente Lula", acrescentou; 
Moro negou quatro vezes pedidos para que Tacla Duran fosse ouvido.
247 - Em depoimento à Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o ex-advogado da Odebrecht 
Rodrigo Tacla Durán declarou que todos precisam conhecer o lado obscuro de Sergio Moro. Entre 
outras críticas ao juiz da Lava Jato, o advogado apontou que o cerceamento ao direito de defesa é um 
dos métodos do magistrado.
Moro negou quatro vezes pedidos para que Tacla Duran fosse ouvido como testemunha do ex-
presidente Lula. Entre os motivos apresentados, Moro alegou "endereço desconhecido" - a Justiça 
espanhola tem o endereço do advogado - e "custo muito oneroso" - sendo que o depoimento poderia 
ser feito como à Câmara, por vídeo conferência.
"Moro emite opinião contra réu. Isso é pré-julgamento que viola um princípio básico de direitos 
humanos, pois os julgamentos precisam ser técnicos, isentos e imparciais", disse Tacla Durán.
"O dr. Moro me ofendeu em rede nacional, ao vivo, me prejulgou e me condenou. Ele feriu a Lei da 
Magistratura também por não me ouvir como testemunha do presidente Lula", acrescentou.
"Desde 2016, quando me apresentei à força-tarefa da Lava Jato para dizer que era advogado da 
Odebrecht, sou tratado como criminoso. Nunca apresentaram provas contra mim. Aqui na Espanha já 
arquivaram acusações contra mim por falta de provas", prosseguiu o advogado.
“A operação Lava Jato se tornou um polo de poder político capaz de moer reputações, de destruir 
empresas e instituições. Digo isso com tranquilidade, pois jamais fui filiado ou militei em qualquer 
partido político”, declarou ainda.
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